sábado, 27 de outubro de 2007

A pergunta que ficou martelando


Esse é o resultado da “operação caneca” desse ano: duas Maß (Paulaner e Löwenbräu) e uma de meio litro (Spaten). Faltou uma Maß da Augustiner... mas a Ale conseguiu e vai me dar. Saibam os leitores que é proibido sair dos pavilhões com a caneca, eles até revistam a mochila se for o caso. Mas quem disse que foi na mochila que eu coloquei?


Ah, falta também uma do Hofbräu, mas essa a gente “compra” por 1 Euro no Englischen Garten. Explico: lá a gente paga 1 Euro de depósito quando pega a cerveja e vai se sentar ao ar livre no Biergarten. Depois, em tese, vai devolver a caneca e recebe de volta € 1,00. É o souvernir mais barato que tem pra comprar por aqui... kkkkk


A pergunta que ficou martelando

Há tempos venho pensando em escrever sobre homens e suas mentiras. Material não tem me faltado ultimamente (infelizmente). E quanto mais mentira deles eu ouço, mais me sinto insultada em minha inteligência e capacidade de observar as coisas. Mas eles não estão nem aí... e se ofendem se porventura a gente os confronta com fatos, deixando-os numa sinuca de bico, sem ter como refutar. Mas pra sair bem na foto, mentem mais um pouco. E eu finjo que acredito, porque é melhor não contrariar... kkkkk

Um dia desse, na Oktoberfest, estávamos num grupo bem heterogêneo, em se tratando de nacionalidade. Um dos homens me chamou a atenção: bastante charmoso, um tipo aparentemente “maduro”, realmente interessante. E bastante espirituoso, brincalhão. Quando ainda estávamos indo pra festa, no trem, ele comentou: “eu não bebo e não fumo”. Certamente era brincadeira.

Ao chegar lá, ele foi logo pedindo cerveja e riu de mim que pedi Radler (sempre misturada com limo). Aí lembrei do que ele havia dito e falei: “pois bem, você não fuma e não bebe. Provavelmente também não mente, né?”, perguntei devolvendo a brincadeira do trem. Precisam ver a cara do cidadão olhando pra mim... ficou atônito alguns segundos antes de responder que não, e ainda de forma hesitante.

Durante nossa permanência naquele pavilhão, rolou muito papo entre todos os presentes. Ele foi falando um monte de coisa da vida dele pra mim. Eu não perguntei nada a respeito – só ouvi. Não tava nem aí pro fato de ser verdade ou não, apesar do charme... afinal, ele estava “distribuindo” charme para várias direções (homens e seu instinto de preservar a espécie... afff).

Algum tempo depois ele veio a mim novamente e disse que havia mentido algumas coisas, e que queria dizer a verdade. Eu continuei ouvindo. E no final das contas, não me arrisco a afirmar se houve alguma verdade ali: a primeira, a segunda ou nenhuma.

Sinceramente, não entendi o motivo de ele querer “contar a verdade”, mas provavelmente a minha pergunta deve ter ficado martelando e ele deve ter percebido que eu era esperta o suficiente pra captar algo além das palavras. Ah, realmente ele não fuma: sobre isso ele não mentiu. Sobre o resto, só Deus sabe!

Mas fica aí a pergunta: por que os homens mentem?

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