quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Umsteigentreffen*


Em clima de Oktoberfest... trabalhando muito durante a semana pra poder me divertir no sábado! E domingo também, talvez...
xxxxx
Hoje peguei uma foto que tirei em 2005. Ela ilustra exatamente o local da história aqui narrada: a estação central de Munique - Hauptbahnhof.

Umsteigentreffen*

Estação normalmente é lugar de chegadas e partidas – percepções que foram eternizadas na música “Encontros e despedidas” de Milton Nascimento. Mas uma coisa diferente vem acontecendo por aqui.

A estação tem sido um lugar para beijar no intervalo da baldeação entre um trem e outro (lembrar que a estação central é ponto de conexão para vários destinos). E beijos nem sempre muito comportados, se considerarmos que são em público. É o que acontece quando não se tem tempo... os beijos ficam relegados às possibilidades de encaixe na agenda cheia dos “ficantes” – sei lá o que são essas pessoas uma pras outras.

Mas é a vida... certamente para alguns é melhor um “beijo de estação” vez ou outra do que nem isso ter. Ou então podem ser o tais encontros “de conexão” só um complemento para a vida amorosa agitada que já se tem: não se perde tempo nem na baldeação de um trem pra outro – tá sobrando uns 5 minutinhos, beija!

Visualiza a cena... o cara desce do trem, já pescoçando pra ver se a guria tá por ali, esperando – afinal, ele disse a ela a que horas e em qual plataforma chegaria, pra não perder tempo, é claro. Eles se acham e ela pergunta: “quando sai o seu trem?” Ele olha no relógio, faz uma cara de quem tá desapontado com o que vai dizer e responde: “daqui a 15 minutos”. Então eles procuram um lugar onde se sentar e passam o tempo cumprindo o propósito do encontro: beijar.

Quem ler vai pensar que eu fico fazendo plantão na estação observando isso... que nada, são histórias que ouço aqui e ali. Quem me dera ter um “Umsteigtreffen” tipo o da descrição padrão “alto, loiro, olhos azuis”, o que aqui nessa terra tem com fartura. Mas claro que tem uns nada atraentes... ou seja, ser alto e loiro de olhos azuis não significa necessariamente ser bonito. Ainda bem que eu enxergo bem, sobretudo com os olhos do coração – além disso, a beleza está nos olhos de quem vê. Talvez seja por ver além do que os olhos físicos me permitem é que eu seja tão exigente no quesito companhia masculina: antes só do que acompanhada de alguém que não me acrescenta nada. Numa dessa, fico sem beijo mesmo.
xxx
Mas, pra ser sincera, se eu tiver um tempinho... nada contra o beijo rapidinho da estação!

* traduzindo ao pé da letra, é o encontro no período de espera entre a troca de trens na estação (baldeação). Sinceramente, acho que tal palavra nem existe em alemão... hehehe...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mais sobre a Anda Nenê...


Gente!!!! Olha que fofa a boneca dos meus sonhos!!!

Um amigo leu aqui e foi procurar na internet... achou a imagem no Google e me mandou... fiquei emocionada!!!

Valeu Rolf!!!

Beijinhossssssssss
Beijinhossss

Mais sobre a Anda Nenê...

Perto do Natal de quando eu tinha meus 5 anos, me contaram que a carta pro Papai Noel tinha que ser deixada na janela, dentro de um sapatinho da gente. Eu já sabia escrever (metidez pouca é bobagem!) e fiz a minha missiva para o Bom Velhinho pedindo o quê... claro, a Anda Nenê.

Deixei escurecer para a minha mãe não ver o que eu ia fazer – me disseram também que como os adultos não acreditavam em Papai Noel, era melhor que não soubessem da nossa comunicação com ele. Pois bem, abri a janela e coloquei minha botinha no parapeito com a cartinha dentro.

No dia seguinte, saímos cedo com minha mãe – nem lembrei de olhar na janela pra ver se os emissários dele tinham vindo ao menos buscar a carta, para que ele pudesse trazer o meu pedido no Natal. E quando voltamos, minha botinha não estava lá! Minha mãe havia tirado da janela ainda à noite, porque se chovesse, iria molhar – adultos, afff!!! E nem me disse o que fez com a carta que era pro Papai Noel, mas provavelmente na mão dela é que os duendes não vieram pegar.

É por isso que eu não ganhei a Anda Nenê: o Bom Velhinho certamente traria o presente para uma boa menina como eu, que se comportara o ano inteiro, não brigara com as irmãs nem com os coleguinhas na escola blá blá blá, mas o problema é que nem ficou sabendo o que eu queria!!!

Culpa da minha mãe!!!

kkkkkkk

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Suzi Cozinha


Não sei se meus ávidos leitores já perceberam, mas até agora a única foto de gente que entrou aqui foi a do texto de abertura. Mas encontrei umas mais ou menos da época da história de hoje e o de ontem... acho que vale a pena colocar, pra vocês verem a cara da menina que queria a Anda Nenê. Mas pra isso, terão que adivinhar onde eu estou nela - eu devia ter uns 4 anos aí. Na foto estão eu, minhas duas irmãs, uma coleguinha do prezinho e duas professoras. Estávamos em excursão na Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo (nem sei se ainda existe!). Pro tanto de tempo que faz, até que lembrei bem dos fatos!


Suzi Cozinha

Morávamos no Cangaíba, eu tinha pelo menos 6 anos. O Natal se aproximava, e pela primeira vez, pela minha memória, teríamos boneca de presente. Eu entendi que as bonecas (uma pra cada irmã) seriam compradas com um dinheiro dado de presente pelo meu avô Pedro – um valor de trezentos cruzeiros pra cada neta. Meu sonho ainda era a Anda Nenê, mas eu sabia que ela custava mais do que isso, e meus pais não tinham dinheiro sobrando para esses tipos de “luxo”.

Pois bem, nos foi falado que podíamos escolher que boneca a gente quisesse. E eu com aquela limitação na cabeça: trezentos cruzeiros, ou seja, não seria ainda daquela vez que eu teria a Anda Nenê. Minha irmã mais velha escolheu uma boneca grande e mais cara... depois eu soube que era porque a madrinha dela que ia pagar a diferença.

Bem, com aquele “orçamento” na mente, saí pela loja procurando uma boneca que me agradasse e que coubesse nos trezentos cruzeiros. A Selmã, irma número 2, também tinha a missão de encontrar sua boneca. Até que não foi difícil... achei a Suzi Cozinha: uma boneca estilo mocinha (não existia Barbie no Brasil ainda), que vinha com mesinha, cadeirinha, pratinho, copinho, lanchinho etc. e um biombo de papelão, simulando o ambiente da cozinha. Ao lado dela, estava a Suzi Salinha: a busca da Selma terminou ali. A salinha tinha um sofá, mesinha de centro, algumas almofadinhas e outro biombo de papelão com cara de living-room.

A boneca da Celinha, irmã número 1, era grande... mas eu nem lembro direito dela. Lembro bem da minha Suzi loira e da Suzi morena da Selma. Certamente porque o tamanho das bonecas era o mesmo, e a interação na hora de brincar era total. Só ficou faltando a Suzi Quarto pra casa ficar completa.

Mas a Anda Nenê... o sonho não morreu, porém nunca foi realizado. E eu garanto que não fiquei traumatizada por causa disso!!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Anda Nenê


A Oktoberfest começa no próximo sábado, e como boa alemã, ops, italiana, ops... como boa “turista bem informada”, vou de roupa típica. No ano passado, vestida à caráter, teve gente que teimou que eu era alemã, que falava muito bem o idioma tedesco, que tinha cara de européia... que eu seria tudo, menos brasileira. Quase que tive que mostrar o passaporte pra convencer o camarada, mas depois de tanto ouvir eu e minhas amigas conversando (em portugês, é claro) ele deve ter pensado que uma alemã não falaria um idioma “latino” tão fluentemente (obs: nosso português não é europeu!). Bem, na semana da abertura da Oktoberfest, foto da festa tiradas no ano passado: hoje, o pavilhão de festa da Hacker-Pschorr. E a história de hoje, uma que aprontei na tenra infância...


Anda Nenê

Anda Nenê... era meu sonho de criança... uma boneca que andava quando a gente apertava as mãozinhas dela.

Eu devia ter uns 3, no máximo 4 anos. A Silvinha, prima-irmã do meu pai, estava passando uns dias conosco no Belenzinho, onde morávamos – na ocasião ela devia ter uns 15 anos. Minha mãe não estava, e nem lembro onde estavam minhas irmãs naquela hora – certamente estavam por perto, a casa era pequena. Mas só lembro dessa história.

Eu pedi à Silvinha para pegar a minha boneca Anda Nenê que estava na parte alta do guarda-roupa. E a Silvinha, com todo amor e paciência, pegou uma cadeira pra subir e alcançar o maleiro. E começou a caçada à boneca.

Ela tirou cobertores, caixas de sapato... e me perguntou como era a caixa da boneca. Eu disse que era “grande assim”, mostrando com as mãos o tamanho. Foi tirando coisas até esvaziar aquela parte do maleiro, e nada da minha boneca. Mas ainda havia duas portas de maleiro onde procurar... “será que está aqui mesmo?”, ela me perguntou, e eu respondi prontamente: “sim!”.

Então fomos para a outra parte do maleiro, a de duas portas. Dá-lhe tirar coisas de lá... e nada de achar minha boneca. A Silvinha, com a maior boa vontade, procurou minuciosamente, creio que comovida pela minha cara de criança “aguada” de vontade de brincar com sua boneca. Mas mesmo com duas portas, o maleiro não era tão grande assim, e a boneca não foi encontrada.

“Que pena, mas quando a sua mãe chegar, você pergunta onde foi que ela guardou”, tentou me consolar a Silvinha.

A verdade é que essa boneca nunca existiu... eu nunca tive a Anda Nenê. Claro que não foi maldade minha fazer a Silvinha procurar por algo que eu sabia não existir, mas eu queria tanto... que talvez inconscientemente achei que poderia materializá-la na procura. Não sei se ela vai lembrar dessa história, mas eu nunca esqueci.

Coisas de criança...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Always connected x always busy


Tô me preparado pra Oktoberfest... quem vê pensa que eu vou tomar todas... vou nada, é muito caro. Vou tomar no máximo três Maß (Maß = 1 litro), mas isso misturado com sprite e ao longo de um dia inteiro! No ano passado, trouxe pra casa de “lembrança” duas canecas de Maß: uma da Spaten (a dessa foto) e uma da Hacker-Pschorr e também uma de meio litro também da Hacker (onde veio Sprite). Se encontrar alguém que pague, vou todo dia!!! Como não sou usuária de óleo de peroba (uso Chronos da Natura para o meu rosto), vou só quando tiver o meu dindin mesmo.
Auf geht's zur Wiesn!!!

Always connected x always busy

Um dia desse fui passar uma semana em Zurique, pra sondar as possibilidades que a cidade poderia me oferecer. E fiquei hospedada na casa de uma pessoa que encontrei pessoalmente no Brasil em 2006 – um conhecido. Porém, um conhecido que (eu sabia) poderia ter outras intenções além das de um amigo oferecendo estadia para uma amiga. Mesmo assim, eu fui – tinha que explorar a cidade e fazer alguns contatos por lá. Vale ressaltar que desde que pisei novamente no Velho Mundo, em abril de 2006, planejei diversas vezes de ir até lá para visitá-lo, mas ele raramente estava disponível. Na verdade, sempre ocupado – viajando, seja a trabalho, férias ou para tocar (música é um hobby dele).

Bem, como eu sabia que mesmo estando em Zurique naquela semana ele estaria de agenda cheia, me programei pra fazer minhas coisas sem precisar dele. Ele me deu a chave do apartamento, logo eu tinha liberdade para ir e vir no momento que me fosse conveniente. E mesmo chegando tarde dos meus compromissos, só cheguei depois dele uma vez na semana. Portanto, quando ele chegava, eu estava ao computador, navegando na internet, teclando com meu pessoal no Brasil etc. Depois do primeiro dia, meu bom senso me disse que, quando ele chegasse, eu deveria desligar o computador, a fim de poder conversar. No primeiro dia ele cozinhou e conversamos um pouco. Do segundo dia pra frente foram vãs as tentativas... ele ia pro escritório ou continuava trabalhando no laptop na sala mesmo... então só me restava ir dormir, para não incomodar.

Porém ele já tinha formado um imagem a meu respeito: “always connected”, porque eu estava sempre ao computador quando ele chegava. E até me escreveu um e-mail pra dizer isso (isso mesmo, eu estando lá na casa e ele me mandou um e-mail!). À noite, quando eu li o assunto da mensagem (“always connected”) e li o conteúdo, olhei pra ele e perguntei “o que é isso?”, e ele, meio que sem jeito, disse “ah, deleta, deleta...” Olhando a coisa assim, de cabeça fria e bem depois dos fatos, percebi que essa necessidade de me rotular era na verdade uma espécie de escudo contra a incapacidade dele de se comunicar. É sempre mais fácil transferir o problema para o outro do que assumir as próprias falhas. Depois fui entender melhor o motivo... o cara é canceriano... socorro!!!

Ao chegar em Munique, minha primeira providência foi enviar a ele um cartão agradecendo a gentileza da hospedagem, à moda antiga: escrito de próprio punho, assinado, selado. Postei numa terça-feira, chegaria pra ele no máximo em 2 dias. E na quinta ele me mandou um e-mail me chamando de mal-educada (porque eu não agradeci o que ele fez por mim) e egocêntrica (porque eu resolvi criar um blog), dizendo que “tudo gira ao meu redor” e algumas outras indelicadezas. Esse e-mail foi escrito pela manhã e certamente à tarde, ao chegar em casa, ele encontrou o meu cartão de agradecimento. “Onde eu enfio a minha cara agora?”, imagino eu que ele deve ter se perguntado. Oh dó...

Pois é, mas esse e-mail não poderia ficar barato... a mensagem dele, de umas cinco linhas, virou uma resposta de quatro páginas escritas a mão. Acho que fui ligeiramente fundo nos meus posicionamentos, porque até hoje ele simplesmente não disse nada. Mas eu falei o que tinha que ser dito – só não queria estar na pele dele, iria morrer de vergonha por ter sido tão leviana nos julgamentos. Por outro lado, essa carta pode ter dado a ele a chance de me conhecer um pouco mais, porém tenho minhas dúvidas se ele percebeu isso.

Já refleti bastante sobre esse rótulo de “always connected” – e confesso que sou sim “sempre conectada”, desde os meus 13 anos, quando comecei a fazer amizade por correspondência, muito antes da invenção da internet. Até hoje guardo o hábito de escrever cartas – raramente recebo respostas, mas nunca deixo de escrever. Sempre adorei ter contato com diferentes culturas... delirava quando chegava um envelope com as beiradinhas azul e vermelha, já ia logo responder... ficava contanto o tempo de chegar a próxima... bons tempos. E em relação à internet, assumo na boa que fico sim conectada sempre que posso – eu gosto. Além dos aspectos utilitários dela, é o meu meio de contato com o mundo, é um “tudo” e um “nada” ao mesmo tempo, mas que me preenche quando estou sozinha.

Ah, e já que eu levei o nome de “always connected” após um ínfimo período de observação (de cerca de 3 dias), achei no mínimo justo que eu também desse a ele um rótulo, porém, baseado em mais de um ano de observação e tentativas de ir visitá-lo: “always busy” (escrevi isso no cartão de agradecimento, não poderia perder a chance...) Mas ele é sempre tão ocupado... talvez nem tenha tempo de perceber que, se está sozinho ainda, é porque possivelmente não há espaço para alguém na vida “always busy” dele.

Vivendo e aprendendo...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A vida é um livro


Gente, tô achando que tá faltando “emoção” nisso aqui... pelo menos aquela emoção que faz a gente se sentir de alma lavada... emoção de dizer umas verdades a quem as mereça ouvir (ou ler)... Vou ver o que posso fazer... hehehe...

A foto de hoje é do encontro das águas, não o mais famoso, mas nem por isso menos lindo. O mais famoso é em Manaus, o encontro do Rio Solimões (de águas barrentas) e o Negro (águas escuras). Esse é em Santarém, Pará, e as águas que se encontram são as do Rio Amazonas (barrentas) com as do Rio Tapajós (esverdeadas). Interessante... não existe uma “área de mancha”, ou seja, elas não se misturam, embora a água barrenta do Amazonas vá “engolindo” a água esverdeada aos poucos. Mas por um bom trecho elas fluem simplesmente lado a lado. Coisas da natureza...

A vida é um livro

Certa vez, um mocinho viajou pro exterior a trabalho. Ele foi mandado para uma região distante e remota dentro de um país grande e também distante. Filho caçula, a mãe dele deve ter ficado de joelhos dia e noite pedindo aos santos que protegessem seu rebento naquela selva, literalmente: dos animais, dos mosquitos, do calor...

“Lugar exótico, gente esquisita, idioma incompreensível”, provavelmente foi o que pensou logo ao chegar. Mas ele arranhava um inglês, o que era suficiente pra trabalhar (e sobreviver) ali. Desembarcou e foi logo levado para onde seria sua moradia nos próximos três meses: um apartamento de 20 m2, já com ar-condicionado (naquele lugar, item vital para a sobrevivência de qualquer um, sobretudo de gringos), bem próximo ao refeitório onde todos que ali habitavam faziam suas três refeições diárias, sete dias por semana.

Uma das vizinhas viu que o rapaz andava sempre sozinho e, a fim de integrá-lo mais ao local, passou a conversar com ele. Papo vai, papo vem... rola um clima, mas a vizinha era meio tapada, nunca tinha tomado a iniciativa. Só que a coisa estava demorando tanto, que um dia ela criou coragem, cercou e o beijou. O cara tremeu feito vara verde... Medo? Ansiedade? Surpresa? Tudo isso junto e outras coisas mais? Na verdade, ele tinha medo de se apaixonar, porque logo teria que voltar para a sua casa e, no seu entender, “perderia” um amor. Que romântico... hehehe... Mas a ela não via as coisas dessa forma. Porém não foi assim tão fácil vender o peixe pro camarada.

A vizinha, tendo já alguma história de vida, começou explicando ao inexperiente e assustado rapaz como ela acreditava que a vida deveria ser – até porque a própria havia deixado de aproveitar muitas oportunidades na vida por causa desse mesmo medo que ele naquele momento sentia. Então começou: “Quando a gente nasce, é como se recebesse um livro, porém com páginas em branco. Cada dia da nossa vida é uma página em branco onde podemos escrever as histórias que vivemos. Ao final de cada dia a página é virada, independentemente se algo foi escrito ou não. E não há como escrever numa página que já foi virada – ela só pode ser lida. Mas o que é que você vai ler se essas páginas estiverem em branco, se você não tiver escrito nada nela? Você quer que sua vida seja um livro cheio de páginas em branco? Ou você prefere viver um dia de cada vez, escrevendo nas páginas do seu livro histórias que poderá reler futuramente?”

O mocinho ouviu atenta e silenciosamente, e percebeu que as palavras faziam sentido: viver um dia de cada vez, escrever um pouco de história a cada dia. E o medo foi se dissipando, dando lugar a uma sede de viver que se transformou numa bela história, ainda que ele tenha retornado ao seu país e ela, que naquela altura dos fatos já era muito mais do que apenas vizinha, tenha permanecido no país grande e distante. É, a mãe do mocinho deve ter rezado muito, mas acho que ela não deve ter incluído na lista de pedidos aos santos que o protegessem do bicho mulher. Por sorte, ele foi bem assistido nesse quesito.

Eu conheci muito de perto essa história – começo, meio e fim. Se me permitirem, contarei aqui futuramente algumas passagens que eles “escreveram” juntos. Histórias bonitas e divertidas, que pertencem a páginas devidamente viradas da vida de ambos.

Pois é, a vida é um livro... o seu tá cheio de histórias ou tem mais páginas em branco? É tão bom ter o que contar, o que lembrar, claro, desde essas lembranças nos tragam alegria, e não uma triste saudade de algo que não volta mais.

até!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Olhares e sorrisos


Queridos fãs (quem vê pensa...), me desculpem a ausência de textos por tanto tempo... nem é tanto a inspiração que faltou... faltou disposição pra escrever, e além disso não tenho acesso à internet em casa. Não vou dizer que faltou tempo – como já disse aqui mesmo, tempo é uma questão de preferência, e eu tenho preferido dormir mais cedo nesses dias. Por outro lado, eu já imaginava que não conseguiria manter por tanto tempo o pique inicial de um texto atrás do outro... mas seguirei “blogando” firme e forte! Nesses dias não escrevi, mas escaneei algumas fotos que tenho aqui comigo. E vou inaugurar hoje a minha série “pôr-do-sol amazônico”. Sou apaixonada por fazer foto do sol na hora que ele tá indo “dormir”. E no período que morei na Amazônia aproveitei o máximo essa paixão, porque o cenário invariavelmente colaborava demais. Haja pilha, filme e revelação de fotografia... minha Minolta, inseparável companheira nas minhas idas e vindas naquele pedaço de mundo – sempre valeu a pena carregar o peso da câmera e suas nada leves lentes. Vocês verão nas fotos que colocarei aqui. A de hoje é no Rio Trombetas – a maioria delas foi nesse que é o maior afluente da margem esquerda do Rio Amazonas.

Olhares e sorrisos

Um tempo atrás li no site do UOL uma matéria da Revista Cláudia intitulada “Sexo refresco” – o título despertou a curiosidade e o conteúdo me fez lembrar uma história que vivi. E já que agora tenho onde contar minhas histórias, aqui vai. Só pra situar, o tal “sexo-refresco” da matéria fala sobre encontros casuais e que normalmente não se repetem, porém esses encontros ficam apenas nos olhares e sorrisos, e à distância, sem qualquer contato físico.

Eu havia chegado ali na nova empresa há pouco tempo, portanto ainda estava me ambientando, conhecendo as pessoas, as relações entre a minha área e as empresas fornecedoras, minhas responsabilidades no novo cargo etc. E logo na primeira semana aquele sorriso me chamou a atenção.

Ele era casado, todos sabiam – a aliança reluzia no dedo anelar da mão esquerda, e a esposa havia trabalhado no mesmo local por algum tempo, mas naquela ocasião não estava mais lá – estava beeeem longe, diga-se de passagem. Ele era um tipo muito charmoso, com seus trinta e tantos anos: grisalho, moreno, simpático, sorridente, de bom relacionamento com todas as pessoas. Sua posição na empresa colaborava – ele tinha uma equipe enorme sob sua batuta, e era muito respeitado e admirado como pessoa e gestor.

Ele trabalhava no mesmo lugar que eu, mas não na mesma empresa. De qualquer maneira, nos encontrávamos todos os dias pelo menos na hora do almoço. E foi no restaurante que eu comecei a perceber os olhares e os sorrisos... no começo achei que fosse normal dele com todos, afinal, o cara era casado, e eu não queria encrenca pro meu lado. Porém as (más) línguas já foram passando relatório... corria conversa de que ele já havia tido um caso ali, e que era bem galanteador. Conversas que pra mim era indiferentes, afinal eu não tinha nada a ver com a vida dele – cada um faz da sua o que a consciência lhe permite.

Mas os olhares e sorrisos continuaram com cada vez mais intensidade, ao ponto do cara sempre vir se sentar à mesa onde eu estava e, quando não havia mais lugar, dava um jeito de se sentar em outra mesa desde que pudesse olhar pra mim sem ter que virar o pescoço, ou seja, discretamente. Eu sei que sou tapada, mas minha “toupeirice” tinha que ter limite, e eu passei a “retribuir” os olhares e sorrisos.

Aquilo passou a fazer parte da minha refeição. Quando por algum motivo eu não podia ir no horário “habitual”, ou ele não aparecia, parecia que faltava algum sabor na minha comida. Quando ele estava ali, me olhando daquele jeito que (creio) só eu percebia, eu me sentia a refeição dele, sendo devorada com os olhos a cada piscadela e a cada sorriso.

Algumas vezes conversamos ao telefone sobre essa coisa que acontecia. Ele não sabia explicar nem tampouco eu, mas era de uma intensidade tamanha, que só sentindo mesmo pra entender. Não muito tempo depois ele saiu da empresa e foi embora dali, mas o que ficou foi a lembrança da sensação maravilhosa que cada encontro de olhares provocava em mim. Sei não, mas creio que se tivesse acontecido algo além disso, talvez não tivesse sido tão bom quanto ficar na energia da troca de olhares.

A música que marcou essa história é do Tom Jobim, “Pela luz dos olhos teus”, sobretudo a primeira estrofe:

“Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus, que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus, me sinto incendiar”

Esse foi meu “sexo-refresco”, para ser lembrado por toda a vida. Recentemente ele me encontrou nesse mundo virtual, e restabelecemos contato. E um dia, teclando no Messenger, vi a foto dele e comentei que o cabelo tinha ficado mais branco, mas que o sorriso continuava o mesmo. Para minha surpresa, a palavra “sorriso” provocou nele lembranças do nosso “caso”, o que me leva a crer que foi bom pra ele também... hehehe...

Eis o link da matéria, para quem se interessar.
http://claudia.abril.uol.com.br/edicoes/542/fechado/amor_sexo/conteudo_182603.shtml

bjsssss

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Hoje é um dia muito especial


Hoje não tem texto novo não, é velho, encontrado nos “baús” de antigos CDs de arquivos pessoais. Mas o conteúdo é atual... pelo menos é como eu me esforço pra viver. Como o texto do sonho, esse também foi pro jornal da empresa onde eu trabalhava, mas já o vi circulando na internet, e o mais legal: com o devido crédito.
Reorganizando meus arquivos achei também as fotos que tirei aqui em 2005, e escolhi ilustrar o post de hoje com o último jogo do Bayern de Munique no Olympiastadion, antes da inauguração da Allianz Arena (pra Copa 2006). Foi em maio de 2005, tirada do alto da Olympiaturm – a torre de transmissão de TV que fica no parque – é claro que a gente paga pra subir lá, mas a vista vale a pena! E quem não conseguiu ingresso pro jogo assistiu de lá do alto!



Hoje é um dia muito especial

Não espere por um “dia especial”: faça com que todos os dias de sua vida sejam especiais

O que é um dia especial? É aquele dia de festa, quando todos vestem suas melhores roupas? É o dia em que você está com aquela pessoa que você sempre sonhou? Estes podem ser momentos realmente marcantes. Mas qual é o dia mais especial da sua vida?

Há muitas pessoas que sempre esperam por “ocasiões especiais”, momentos em que colocam suas melhores roupas, usam seu melhor perfume, para se fazer presente em um lugar especial. Pessoas assim vivem guardando o que têm de melhor para “um dia especial”, que não sabem exatamente quando será. São objetos, como roupas ou presentes, ou sentimentos, como sorrisos, abraços, gestos de carinho, de afeto, que estão sempre guardados, esperando o tal “dia especial” para serem tirados do baú ou do coração.

E se esse “dia especial” nunca chega? O que fazer com os objetos e sentimentos guardados?
Os americanos costumam dizer “no day but today”, e Renato Russo escreveu que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há”. Pode-se entender a expressão americana como “não há dia como hoje”, ou mesmo “o dia é hoje”, e ela expressa exatamente o sentimento que se deve ter com a vida: viver hoje intensamente, sem achar que as coisas só vão melhorar depois que você terminar a faculdade, ou casar, ou ter filhos, ou comprar um carro novo, ou mesmo uma casa... Por acaso você sabe como vai ser seu dia amanhã? Você tem a certeza de que haverá amanhã?

É importante planejar a vida, estabelecer caminhos, objetivos a serem alcançados. Mas não se pode deixar viver em função somente do que ainda será, esquecendo que a vida é aqui, e agora. Então, por que esperar um momento especial para vestir aquela roupa, usar aquele perfume e dizer para alguém o quanto essa pessoa é importante para você? Ou mesmo para você se produzir, se olhar no espelho e sentir-se especial?

O dia mais especial da sua vida é hoje, porque você está aqui, vivendo o momento, construindo sua história. De fato, não há dia como hoje. Amanhã pode até ser melhor, mas você só vai saber depois. Portanto, viva este momento como o mais importante da sua vida!

PS: se esse texto tivesse sido escrito hoje, eu mudaria apenas uma coisa: usaria um artigo definido no lugar do indefinido, e o título seria Hoje é O dia muito especial.


bjssssssssss

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Amores platônicos


No último domingo eu e a Alessandra fomos andar... no mesmo caminho que eu fiz com a Bárbara na semana anterior. Mas não fomos tão longe, até porque ambas tinham compromisso mais tarde. Ao longo do caminho está o Rio Würm, de águas rasas e cristalinas. E em determinado ponto, havia uma ilhota, com acesso possibilitado por troncos que ligavam as margens. Vale ressaltar que tem chovido regularmente, portanto esses troncos estavam cheios de limo, extremamente escorregadios, mas a despeito disso, resolvemos fazer nosso pique-nique lá. Na ida, tudo beleza. Na volta, eu caí e molhei meu pé direito, mas isso porque a Ale já tinha terminado a travessia e, ao fazer uma foto minha, acabou me fazendo rir – perdi minha concentração. Ainda bem que era raso, mas de qualquer maneira fiquei sentindo o tênis encharcado na caminhada de volta. A foto, um olhar para o alto a partir da ilhota onde estávamos.

Amores platônicos

A origem da expressão vem de Platão, filósofo seguidor de Sócrates. Na verdade, Platão dedicou-se a escrever as idéias de Sócrates para a posteridade, porque esse nada deixou escrito – seus ensinamentos eram transmitidos apenas oralmente. A teoria de Platão sobre o amor universal como lei natural era de que o amor devia unir a humanidade por laços fraternos, ou seja, amor platônico = amor fraterno. Mas não é essa a definição que se vê por aí.

Entende-se “amor platônico” como aquele não realizado no corpo, seja por um simples abraço ou beijo, embora exista o desejo latente do contato, do calor do outro. É provavelmente uma expressão criada por poetas românticos a fim de atenuar a dor do amor não correspondido, tornando-o algo bonito e perfeitamente realizável dentro de suas próprias fantasias. O amor perfeito, sem queixas, desajustes. Mas, ah como dói...

Eu tinha 12 anos quando conheci o primeiro amor da minha vida. Estava de férias em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, onde meu pai nasceu e meus avós moravam. Cidade pequena, onde todos se conhecem, lá podíamos sair à noite, o que pra mim e minhas irmãs (de 14 e 15 anos) era o máximo. E foi numa dessas “noitadas” que o conheci: 17 anos, olhos esverdeados, cílios longos e curvos e um olhar pra cima de mim que me fez sentir, pela primeira vez, o tal frio na barriga. Isso sem ao menos tocar a mão... sim, foi amor à primeira vista.

Mas como todas as coisas boas de uma viagem normalmente acontecem na véspera da volta, dessa vez não foi diferente. Eu voltei pra São Paulo ele ficou lá, soltinho. Claro que logo arrumou uma namorada e nem lembrava mais daquela menina tímida da cidade grande que sequer tinha beijado na boca (isso certamente ele não sabia). Quer dizer, lembrava forçosamente, porque eu escrevia cartas, mandava recados etc. Eu nutri esse amor, que não deu em nada, por mais de um ano e meio – que loucura! Todas as vezes que íamos pra Minas eu ficava cercando, passando pelos caminhos que ele fazia, andando de bicicleta em frente à casa e ao trabalho dele – coitado, deve ter ficado de saco cheio das minhas atitudes infantis. Isso só parou quando ele se mudou de lá para a capital, Belo Horizonte. E só fui reencontrá-lo uns 10 anos depois: eu já na faculdade, com uma infinidade de descobertas a fazer... é, não tinha absolutamente mais nada a ver, foi apenas por curiosidade de rever o meu “primeiro amor”.

Houve um segundo amor platônico na minha vida, aos 16 anos. Nessa época já tínhamos permissão de sair à noite (mas meia-noite tinha que estar em casa), e costumávamos ir a um bar-karaokê, onde nos divertíamos cantando e dançando. Lá havia um cara que era super bem relacionado, conhecido de todos, simpático, charmoso e que cantava bem. A gente se encontrava todos os sábados, sem combinar. E sempre havia aquele clima amistoso, de pessoas que gostam de algo em comum – cantar. Às vezes ele oferecia a música que ia cantar a alguém que estivesse aniversariando ou por qualquer outro motivo, sempre de forma gentil e amigável.

Um dia, não era meu aniversário nem nada, ele ofereceu pra mim Something, dos Beatles: “something in the way she moves, attracts me like no other lover... I don't wanna leave her now, you know, I believe and how” assim, cantada olhando nos meus olhos. O friozinho na barriga subiu... estava apaixonada de novo. Mas era (ainda sou um pouco) tapada demais pra tomar uma iniciativa, que fosse apenas de sentar-se à mesa para conversar com ele – porcaria de timidez! E a coisa ficou assim, no ar, tanto que algum tempo depois ele apareceu com uma namorada... que golpe! Fiquei uns dois meses sem dar as caras no local.

Depois do meu “retiro voluntário”, voltei a bater o cartão no karaokê. Tinha que me divertir um pouco... a vida não poderia ser só estudar e trabalhar – eu trabalhava no comércio do meu pai. Eis que quando cheguei, ao me ver, ele veio ao meu encontro... “você sumiu, senti sua ausência”. Ele não estava mais namorando, e a barriga gelou de novo. Mas que coisa! Continuou não dando em nada... foi só mais um amor platônico. O segundo e último.

Dali em diante resolvi que ia ser pé no chão em assuntos relacionados ao coração: não me permiti mais apaixonar-se assim, logo de cara. Não queria mais sofrer. “Oh, doce sofrimento do amor não correspondido”, diriam os poetas românticos... Falando sério, doeu sim, e eu não queria isso de novo. Creio que foi naquele momento que brotou em mim, ainda que de forma inconsciente, o esquema “um dia de cada vez”. Não vivi grandes paixões, como algumas amigas, mas também não sofri como elas. Isso não quer dizer que minha vida foi insossa nessa esfera, mas confesso que também não foi nada excepcional. Eu diria que foi até boa para alguém que se acreditava feia (coisas da vida, já superadas). Explorei muito bem os terrenos antes de me sentir segura pra pisar neles.

Resumindo: paixão é necessária à vida sim. Mas o essencial é o amor. Sem ele, não há paixão que resista muito tempo. Legal é se apaixonar diversas vezes em diferentes momentos e intensidades por aquele alguém que se está amando. Utopia? Eu digo por experiência própria que não.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

“Como vocês estão?”


Hoje a foto é da rua onde morei na Bahia: no fim da Rua Namorado, a praia. Não pensem que eu morava sobre as areias: essa foto eu fiz do portão da minha casa (com zoom, é claro). Na verdade eu pouco ia à praia, pois saía cedo pro trabalho e nem sempre tinha horário pra voltar – coisas de quem “veste a camisa” (ah se eu soubesse antes o que sei agora...) O nome da rua é bem sugestivo, porém é apenas o nome de um peixe. Todas as ruas do bairro tinham nome de peixes: pargo, badejo, xaréu, corvina etc. Pelo menos o meu peixe permitia um alegre duplo sentido.


“Como vocês estão?”

Um dia desses, conversando com uma amiga, falávamos de relacionamentos. Especulávamos sobre outra pessoa que conhecemos (especulações construtivas, é claro), sobre como ela e o camarada com quem ela tem se encontrado estavam – se já havia algo mais sério, ou mesmo expectativas de um em relação ao outro.

Achei interessante a pergunta “Como será que eles estão?” feita assim, solta. Bem, se essa pergunta fosse dirigida a mim, eu daria uma de desentendida e responderia “eu estou bem, com saúde, em paz... creio que ele esteja bem também nesse momento”. É a tal ansiedade de obter respostas pra perguntas que ainda nem foram formuladas...

Creio ser muito provável que nem mesmo nossa amiga saberia responder essa pergunta a contento pra si mesma, quanto mais para outros. A não ser que ela também padecesse dessa ânsia desmedida que, no meu modo de ver e viver, pode ser extremamente perniciosa ao futuro de qualquer coisa, quanto mais de relacionamentos. E se fosse do time dos ansiosos, já “saberia”, assim, mui rapidamente, se aquele era o “homem da sua vida” ou não.

Tô me sentindo repetitiva... mas, depois de dar uma de “João-sem-braço”, eu completaria a resposta com o que já disse aqui em outro texto: viver um dia de cada vez. Aproveitar o máximo cada dia, porque quando a gente deposita muitas expectativas no que ainda está por vir, acaba esquecendo de curtir o agora. E é no agora que se constrói o que virá. Antes ser repetitiva (nesse tema) do que quebrar a cara.

Conheci uma história interessante sobre como esse modus vivendi “um dia de cada vez” foi transmitido a alguém. Ao que parece, o caso tornou-se uma “utopia possível”. Qualquer dia desse eu conto aqui.