terça-feira, 30 de outubro de 2007

O certo e o errado




O certo e o errado

É sempre interessante como as pessoas querem impor suas próprias verdades, sem ao menos se perceber que cada um tem a sua. O que é certo pra um pode não ser pra outro. Porém isso não siginifica abrir mão de seus credos e pontos de vista, mas sim uma criar uma abertura para que se estabeleça a comunicação e o respeito entre as partes. Essa tira do Hagar é perfeita pra ilustrar o que tô dizendo.

Eu duvido sempre de quem diz saber tudo e quer estar sempre com a razão. Normamente esses são o que menos sabem da essência das coisas. Quanto mais eu aprendo, mais consciente fico sobre o tamanho da minha ignorância.

Até mesmo as verdades de cada um precisam ser constantemente colocadas à prova, porque todas têm seu prazo de validade. Afinal, a única coisa constante no mundo é a mudança. E olha que quem falou isso foi Heráclito, uns 500 anos antes de Cristo.

Quem fica parado é poste!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Festas juninas e quadrilhas


A foto de hoje ilustra pontualmente o texto: eu dançando quadrilha na festa junina do pré na Penha.
Fizemos sucesso com essa dança: apresentamos na própria escola, no Clube Esportivo da Penha e na Praça de Eventos da Estação São Bento do metrô. Saiu até na Folha da Tarde... adivinha quem estava bem no meio da foto que foi publicada??? Euzinha... hehehe

Festas Juninas e quadrilhas

Sempre que se aproximava o mês de junho começavam os preparativos para a festa junina da escola. E dançar quadrilha era básico. Primeira etapa era a definição do casalzinho que seriam os noivinhos, em seguida definiam-se os pares. Eu nunca fui noivinha, mas sempre me divertia muito dançando.

Minha mãe não é costureira profissional, mas sempre se ocupou pessoalmente das nossas roupas caipiras. Me lembro que eu chorei e fiquei emburrada quando ela me mostrou o tecido que havia comprado pra fazer o meu vestido, porque achei ele simplesmente feio e sem graça: azul com pequenas bolinhas brancas. Mas depois do vestido pronto, com rendas e borda no chapéu, ficou bonito mesmo (vamos falar sério... Dona Irma é caprichosa).

Nessa mesma época também era comum que houvessem na vizinhança festas com fogueira, pipoca, quentão e outras comidas típicas. E na véspera da minha apresentação de quadrilha foi na casa da Dona Rosa, que tinha um cão pastor alemão muito bravo, sempre preso na corrente.

A festa transcorria normalmente. Quando soltaram o balão* eu fui acompanhando-o no céu. Distraída, dei alguns passos pra trás pra ver melhor. E entrei no raio de ataque do cachorro, que me derrubou com uma patada, furando minha perna atrás do joelho com uma de suas unhas.

Passado o susto, minha preocupação era como fazer pra dançar! Fomos pra casa, fizemos curativo e no dia seguinte bem cedo, minha mãe foi comprar uma meia mais comprida a fim de não deixar o esparadrapo aparecer. Ainda bem que não ficou doendo e pude dançar normalmente.

Essa cicatriz tá lá, atrás do joelho direito, pra quem quiser ver!

* na época não era crime fazer isso, embora as consequências sempre pudessem ser desastrosas.

Meu primeiro namorado


Depois de viver em alguns rincões brasileiros, como Norte e Nordeste, parti pra explorar o Velho Mundo. Primeira parada: República Federal da Alemanha. É sábia a frase que diz “o mundo é muito grande e a vida é muito curta para que se fique muito tempo parado em um único lugar”. Só uma coisa deve permanecer com a gente o tempo todo, onde quer que se vá: o amor. O resto a gente conquista.

Meu primeiro namorado

Nos mudamos para Penha, Zona Leste de são Paulo, quando eu tinha 5 anos. Vizinhança, escola e amigos... tudo era novidade. Minhas irmãs já estavam na escola, eu ainda ia ao pré-primário.

As escolas (pré e primeiro grau, onde minhas irmãs estudavam) ficavam lado a lado, porém um pouco distante da nossa casa. Na vizinhança, as crianças estudavam praticamente no mesmo local, porém em horários diferentes. Então, as mães se organizaram de forma que apenas uma precisasse ir levar ou buscar a trupe na escola em cada horário.

O que interessa é que a gente sempre ia junto: eu, o Fábio e mais um monte de crianças. Ele tinha uma irmã e dois irmãos, e era um ano mais velho que eu. E dizia pra todos que eu era namorada dele... eu morria de vergonha!

Nossas mães sabiam disso, e a mãe dele fazia o maior gosto nesse namorico. Era uma coisa super inocente, mas altamente emocionante! Ele pegava na minha mão, a beijava, olhava nos meus olhos e dizia que gostava de mim... olha que coisa mais abusada para crianças de 5 e 6 anos!!!

A coisa era séria, pelo menos pro meu inocente coraçãozinho, tanto que no ano seguinte ele foi pra primeira série e eu ainda fiquei no pré, e chorava sozinha pelos cantos no pátio porque ele não estava mais lá pra brincar comigo. Mas eu pensava que quando fosse pra primeira série, estaríamos na mesma escola de novo. Engano meu. No início do ano seguinte minha família se mudou pra Guarulhos. E aí perdemos o contato. Ou melhor, perdemos o encanto, pois nossas mães mantinham contato.

Alguns anos depois nos encontramos novamente, eu já na faculdade. A mãe dele ainda fazia gosto daquele namorico de criança... mas a vida tinha dado tantas voltas e meu caminho já se apresentava à minha frente: o mundo por explorar.

Depois que Dona Marinalva virou estrela nunca mais tive notícias. Mas sempre lembro dele e dos irmãos com carinho. Espero sinceramente que estejam bem e felizes.

sábado, 27 de outubro de 2007

E porque as mulheres acreditam?


Hoje tô blue... coisas da vida. Tenho como conduta sempre acreditar que as pessoas são boas, até que se prove em contrário. Acreditar é preciso! A própria natureza sempre se renova e se modifica, mesmo depois de tormentas... por que não também o ser humano? Vejam que obra de arte da natureza na beira no rio, em processo de transformação. Na natureza eu confio plenamente... Deus permita que eu não perca a capacidade de acreditar também no bicho homem.


Ah, Nonô, obrigada pela visita. Eu sabia que você estava bem... tenho me esforçado pra seguir seus conselhos. E tenho fé que vou conseguir.

E porque as mulheres acreditam?

Pois é, uma pergunta puxou a outra. Outro dia reli um texto que recebi pela internet há tempos... o encontrei em velhos arquivos pessoais. O texto foi escrito por um homem, que falava sobre o maior defeito da mulher.

Segundo ele, o homem nasce, vive e morre uma existência infanto-juvenil, enquanto que a mulher, desde cedo, se prepara para a vida. Ele exemplifica isso com as brincadeiras de criança: meninas brincam de casinha e com isso aprendem a organizar as coisas, brincam de boneca e criam a atmosfera de serem mães cuidando dos bebês (brincadeiras de ordem prática, não?).

Você já viu um menino brincando de ir ao banco pagar contas? Ou brincando de ficar estressado com o imposto de renda? Meninos brincam de carrinho, lutas e armas, sempre num clima de competição e fantasia (“o meu é melhor, mais potente, mais caro”). Então entra aí um ditado corretíssimo: “the difference between men and boys is the price of their toys” (a diferença entre homens e meninos é o preço de seus brinquedos). Ou seja, desde cedo o homem aprende a competir, a querer estar em posição de destaque diante dos amigos e da sociedade.

Entre os alvos dessa “competição” está a mulher, de uma forma invariavelmente nada louvável... muitas vezes ela é para o homem um objeto de desejo cuja conquista pode trazer uma satisfação semelhante a da compra do carro dos sonhos – mesmo que ele a AME de verdade. Ainda mais se for um tipo top model... os amigos vão ficar de queixo caído! hehehe...

Mas voltando ao texto do cara. Para ele, o maior defeito da mulher é acreditar firmemente na possibilidade do homem ideal. Concordo em gênero, número e grau. É por isso que a mulher acredita nas histórias que os homens contam, mesmo sabendo que as chances de ser mentira beiram os 99,9%. Ela acredita porque DESEJA FIRMEMENTE que seja verdade. Infelizmente nem todas estão devidamente preparadas para as decepções... ficam mal, choram etc. Nessa hora o que vale é a sabedoria “nelson-nediana”, que canta “mas tudo passa, tudo passará...” E passa mesmo, Deus é Pai!

Porém, viver duvidando de tudo e todos deve ser muito cruel... ainda tô tentando descobrir essa linha tênue entre acreditar ou não, porque nem sempre se consegue captar a mentira no brilho dos olhos (muitos homens são PhD em disfarçar algumas evidências). Em todos os casos, ainda acho que o melhor é duvidar. Se porventura o camarada estiver sendo realmente sincero, vai insistir. E nós mulheres vamos perceber a verdade, mais cedo ou mais tarde. O problema é que às vezes pode ser tarde demais... eita complicação!


Porque os homens mentem?


Aqui as estações do ano são lindamente bem definidas. Agora, por exemplo, tenho me deliciado com as cores do outono. Até então, eu achava que era predominantemente amarelo, pois as folhas secam e caem. Só que voltando da Uni outro dia, passei por um prédio que é coberto em parte por uma trepadeira, cujas folhas normalmente são verdes. E as suas folhas estavam... vermelhas! Depois ficam amarelas e caem. Parei e fotografei, é claro. Cenas de outono...


Porque os homens mentem?

Pois é, agora a pergunta que ficou martelando, e em mim, foi essa.
Bom, fiz uma humilde listinha de motivos que levam os homens a mentir (a partir da minha experiência e a de algumas amigas). Claro que não são todos que mentem... só 99% deles. Aceito contribuições!

  • por necessidade de auto-afirmação
  • para seduzir e conseguir o que quer (sexo)
  • para conquistar
  • pelo desejo de possuir algo que está fora do alcance
  • acha que todo mundo mente então faz o mesmo
  • para se mostrar melhor do que é e fazer imagem do que não é
  • para tentar encontrar o ponto G de cada mulher (tolinhos... nunca sabem onde é!)
  • complexos (Édipo, por exemplo)
  • por medo de rejeição
  • por imaturidade
  • para administrar “projetos paralelos”
  • ...

E porque, mesmo depois de evidenciada a mentira, eles continuam mentindo:

  • para JAMAIS admitir que já mentiram antes.

Na verdade, a lista pode se alongar mais e até se tornar repetitiva. Mas penso que a raiz de todos os motivos está na criação divina, que fez o homem dotado de uma capacidade emocional LIMITADÍSSIMA, pois nos primórdios da humanidade a função do macho era apenas a de procriar, caçar e prover – não tinha a menor necessidade de sentir emoção.

Por outro lado, o Criador fez o ser humano dotado de inteligência, a fim de que ele fosse se melhorando com o passar dos tempos, quando as necessidades pudessem ser supridas de forma menos complicada. Só que os homens não souberam e ainda não sabem desenvolver seu lado emocional. Alguns ficam a vida inteira ligados na figura materna... outros trocam de mulher como trocam de roupa... e ainda há os que conseguem levar várias paralelamente – troféu “cara-de-pau” pra esses.

Acreditar em homem? Eu ultimamente não tô dando crédito nem pro meu pai...

A pergunta que ficou martelando


Esse é o resultado da “operação caneca” desse ano: duas Maß (Paulaner e Löwenbräu) e uma de meio litro (Spaten). Faltou uma Maß da Augustiner... mas a Ale conseguiu e vai me dar. Saibam os leitores que é proibido sair dos pavilhões com a caneca, eles até revistam a mochila se for o caso. Mas quem disse que foi na mochila que eu coloquei?


Ah, falta também uma do Hofbräu, mas essa a gente “compra” por 1 Euro no Englischen Garten. Explico: lá a gente paga 1 Euro de depósito quando pega a cerveja e vai se sentar ao ar livre no Biergarten. Depois, em tese, vai devolver a caneca e recebe de volta € 1,00. É o souvernir mais barato que tem pra comprar por aqui... kkkkk


A pergunta que ficou martelando

Há tempos venho pensando em escrever sobre homens e suas mentiras. Material não tem me faltado ultimamente (infelizmente). E quanto mais mentira deles eu ouço, mais me sinto insultada em minha inteligência e capacidade de observar as coisas. Mas eles não estão nem aí... e se ofendem se porventura a gente os confronta com fatos, deixando-os numa sinuca de bico, sem ter como refutar. Mas pra sair bem na foto, mentem mais um pouco. E eu finjo que acredito, porque é melhor não contrariar... kkkkk

Um dia desse, na Oktoberfest, estávamos num grupo bem heterogêneo, em se tratando de nacionalidade. Um dos homens me chamou a atenção: bastante charmoso, um tipo aparentemente “maduro”, realmente interessante. E bastante espirituoso, brincalhão. Quando ainda estávamos indo pra festa, no trem, ele comentou: “eu não bebo e não fumo”. Certamente era brincadeira.

Ao chegar lá, ele foi logo pedindo cerveja e riu de mim que pedi Radler (sempre misturada com limo). Aí lembrei do que ele havia dito e falei: “pois bem, você não fuma e não bebe. Provavelmente também não mente, né?”, perguntei devolvendo a brincadeira do trem. Precisam ver a cara do cidadão olhando pra mim... ficou atônito alguns segundos antes de responder que não, e ainda de forma hesitante.

Durante nossa permanência naquele pavilhão, rolou muito papo entre todos os presentes. Ele foi falando um monte de coisa da vida dele pra mim. Eu não perguntei nada a respeito – só ouvi. Não tava nem aí pro fato de ser verdade ou não, apesar do charme... afinal, ele estava “distribuindo” charme para várias direções (homens e seu instinto de preservar a espécie... afff).

Algum tempo depois ele veio a mim novamente e disse que havia mentido algumas coisas, e que queria dizer a verdade. Eu continuei ouvindo. E no final das contas, não me arrisco a afirmar se houve alguma verdade ali: a primeira, a segunda ou nenhuma.

Sinceramente, não entendi o motivo de ele querer “contar a verdade”, mas provavelmente a minha pergunta deve ter ficado martelando e ele deve ter percebido que eu era esperta o suficiente pra captar algo além das palavras. Ah, realmente ele não fuma: sobre isso ele não mentiu. Sobre o resto, só Deus sabe!

Mas fica aí a pergunta: por que os homens mentem?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pizza em São Paulo


Pizza aqui na Alemanha é carente de queijo... aquele queijo amarelo, mussarela mesmo, derretendo que dá água na boca... aqui a gente compra a pizza congelada ou se o bolso puder telefona e pede, ou então compra a massa e faz em casa, como a dessa foto, feita pela Ale no aniversário do Fidelis – vale ressaltar que estavam muito boas, não apenas bonitas. Mas... continuo preferindo a pizza em SP. (Foto do Fidelis).

Pizza em São Paulo

Lá no Pará a pizza era simplesmente horrível: já vinha da cozinha do restaurante cheia de catchup por cima. Eu chamo isso de “crime inafiançável contra a tradição pizzaiola”. Mas naquela região faz parte do paladar comer pizza com catchup e maionese... argh!!!

Bem, estávamos eu, o meu então namorado (hoje devidamente “falecido”) e o nosso “peixe” num bar lá no meio da selva amazônica. E essa história de criticar o modo de comer pizza (com catchup e maionese) não era nova: nosso “peixe”, carioca da gema, também não achava aquilo normal. Mas eis que naquele dia ele pediu pizza e, para o meu horror, pegou a bisnaga de catchup e espalhou aquela meleca vermelha sobre o disco fumegante. Foi automático – eu e o “falecido” falamos ao mesmo tempo “pizza com catchup... argh!” e o nosso “peixe” imediatamente retrucou “quem disse que isso aqui é pizza?”

Entramos numa discussão sobre onde a pizza era melhor, mais gostosa. Eu disse enfaticamente: “pizza é em São Paulo!” e o meu namorado emendou “pizza é na Itália” (obs: ele era alemão). Achei melhor não retrucar, afinal eu nunca estive na Itália, mas que a pizza de São Paulo é muito boa, isso é inquestionável. E a conversa morreu aí.

Ele voltou pra Alemanha e comprou um carro novo. E para estrear o carro, convidou a mãe e a irmã para irem “ali” na Itália comer pizza: cinco horas de viagem. Tudo bem, para o debut do carro, valeu. Segundo ele, a pizza também estava muito boa.

Pouco tempo depois ele veio a São Paulo me visitar. Lembrou da história e foi logo falando: “quero ver se a pizza de São Paulo é boa mesmo”. Então peguei dica com uma amiga e o levei no Bixiga, na Pizzaria Esperanza. Depois de comer, eis que ele diz “é, você não precisa digirir 5 horas pra comer uma boa pizza”. Mas achei que era pouco, e resolvi levá-lo também a uma cantina italiana, essa bem mais perto da casa da minha mãe: menos de 10 minutos de carro. Ele fez cara de “Oh! Que delícia” e disse que realmente era muito mais fácil pra mim ter boa comida italiana por perto do que pra ele.

Resolvi escrever essa história porque já a contei pra tanta gente... aconteceu novamente nessa semana – um amigo me disse que gosta muito de pizza de salame. Mas convenhamos, aquilo que eles chamam de pizza aqui tá muito aquém do que o meu paladar entende como tal. Não que seja ruim, mas na hora da pressa, eu prefiro comer pão torrado com margarina do que pedir pra entregar uma pizza – não é barato e o sabor não me convence – acho que falta queijo!!! O mesmo vale para as congeladas do mercado: até são mais baratas, mas não é algo que eu tenha no freezer como opção para o momento da preguiça. Só compro quando dá vontade, e isso é raro de acontecer.

Ah, já comi uma pizza caseira feita por italianos aqui, mas a de São Paulo ainda é melhor. Vamos ver se minha opinião vai mudar depois que eu tiver a oportunidade de comer pizza na “bota”.

bjsss

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Xadrez


Esse é meu novo tabuleiro... continua faltando com quem jogar!!!

Xadrez

Nunca havia cogitado em aprender a jogar xadrez. Nem tinha noção de que cada peça tinha função diferente... na verdade, nunca tinha tido oportunidade nem curiosidade.

Tudo começou na quinta série. Escola nova, colegas novos... entre eles, um menino de óculos com uma armação enorme de um formato que mais parecia olho de mosca, e lentes fotocromáticas que escondiam os olhos azuis dele. Até a quarta série, eu sempre tinha sido a melhor aluna da classe – minhas notas eram habitualmente as mais altas, e até então não havia tido alguém que “emparelhasse” comigo nesse quesito. E enquanto não viessem as provas do primeiro bimestre não teria como saber se havia ali naquela turma “concorrência” pra mim. Na verdade, isso não tinha a menor importância... desde que as minhas notas continuassem boas, não havia problema se alguém mais se destacasse (na verdade a única vantagem disso era ter um pouco mais de simpatia dos professores, porque ser chamada de CDF não tinha a menor graça).

Pois esse menino dos óculos grandes e olhos azuis era o cara. Inteligente e com um humor a toda prova – aliás, às vezes muito ácido, o que com o tempo vim a perceber que era essa uma das suas mais fortes marcas (estudamos juntos até o segundo colegial). Era o tipo do cara que perdia o amigo mas jamais perdia a piada.

No último bimestre da quinta série houve a feira de ciências. A turma se dividiu em grupos e cada um escolheu sobre o que gostaria de expor. E esse colega escolheu como tema o xadrez. O que eu não sabia é que ele era fera no assunto, fazia aulas com o mestre Herman Claudius em São Paulo e já possuía inúmeras medalhas e títulos dos campeonatos que participara.

Ao visitar os estandes da feira de ciências, parei no xadrez. E ali tive a minha primeira aula sobre o jogo. Me interessei tanto que não muito tempo depois já jogava, claro que como aprendiz, ou seja, jogando e ele comentando minhas jogadas (fazia cada besteira... mas estava aprendendo).

No inicio da sexta série, participei do meu primeiro torneio: Campeonato Paulista Escolar, no Clube Esperia, em São Paulo. O interessante é que eu nem sabia que ia participar: meu colega e “mestre” me avisou na sexta-feira que haveria competição no sábado e domingo e que eu JÁ estava inscrita. Fazer o que... lá fomos nós. Até que pra uma estréia fui bem, ficando em quarto lugar. E a soma dos pontos dele (campeão, é claro) com a minha humilde quarta posição (entre sete participantes) rendeu o troféu de primeiro lugar pra nossa escola.

Depois disso participei de outros torneios e fui campeã de Guarulhos duas vezes. Mas infelizmente não tenho com quem jogar... e sem praticar o cérebro fica preguiçoso. Da última vez que tive um parceiro de jogo foi interessante: as primeiras partidas eu perdi feio, só fazendo besteira. Mas depois de uns quatro, cinco jogos, o cérebro engatou e o coitado teve muito trabalho comigo – perdeu muito mais do que ganhou.

Xadrez é uma batalha: não adianta ir à guerra sem uma estratégia. E qualquer movimento errado pode colocar todo o exército em risco ou mesmo provocar mais rapidamente a morte do rei. E rei morto, fim de jogo.

Quem aí souber jogar e estiver a fim, faça contato!


segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Um sonho ruim

Uma para incentivar, hoje e sempre!

“Se todos teus esforços forem vistos com indiferença, não desamines, pois o sol ao nascer dá um espetáculo todo especial e, no entanto, a maioria da platéia continua dormindo.”
(William Shakespeare)

Ainda bem que sempre há uma linda aurora após a escuridão da noite... foto de um nascer do sol na Amazônia... pois é, algumas vezes eu levantei cedo lá só pra ver esse espetáculo. Minha câmera era muito boa, mas ainda assim não retratava com total fidelidade o que meus olhos viam. De qualquer forma, por uma visão como essa sempre compensava madrugar, sair cedo da cama em um sábado ou domingo, depois de ter levantado cedo pra trabalhar a semana toda.

Um sonho ruim

Cheguei em casa do trabalho... fazia muito calor e, como de costume, já ia entrando e tirando a roupa – ficava só de calcinha e sutiã, aproveitando-se do fato de a minha casa ser indevassável. Estava sozinha – tinha dado folga pra empregada e a minha filha estava de férias com a avó, então pretendia ir pra gandaia ainda, mas era cedo pra se arrumar. Fui pro meu quarto, ar-condicionado fresquinho, liguei a televisão e peguei o livro que estava lendo, porque queria terminá-lo logo. Acabei caindo no sono...

Acordei com uma cena estranha... alguém entrando no meu quarto apontando uma faca pra mim, e não tardou para eu sentir a sua lâmina afiada encostar no meu pescoço. Foi muito rápido, não deu nem pra ver o que estava acontecendo ou quem era o mascarado que havia invadido o meu lar. Mas percebi logo o que ele queria, e com uma faca no meu pescoço, não ousei recusar. Tentei me manter calma, sem olhar diretamente pra ele, pedindo a Deus que aquilo terminasse logo. Ele colaborou, se assim podemos dizer – fez depressa o que queria e, ao me ver cair descontroladamente em prantos, ainda tentou me acalmar, mas achou melhor ir embora antes que os vizinhos ouvissem alguma coisa. Cá entre nós, com uma faca no pescoço, quem é que vai lembrar da máxima “se o estupro é inevitável, relaxa e goza”? Talvez tivesse sido bem “menos ruim”, mas a adrenalina já corria desvairadamente em minhas veias, portanto, sem chance para relaxar.

Em estado de choque, fiquei paralisada sobre minha cama, temendo que ele ainda estivesse por perto. Depois de não sei quanto tempo chamei a polícia, que veio rapidamente e me levou pro hospital, onde fui imediatamente internada para as providências necessárias relativas ao caso. Haja calmante... Lembro-me de amigas vindo me visitar... palavras de apoio... “você é forte”... coisas do tipo. Lembro-me também que não conseguia mais me concentrar pra trabalhar. Mas a memória é seletiva: sei que me esqueci de muitas coisas... ainda bem!

Até que pouco tempo depois eu acordei. Ufa... que alívio. Foi só um sonho ruim, apesar de bastante real, e que já havia ficado pra trás, devidamente superado. Mas como tudo na vida, trouxe uma lição a reboque: nunca mais deixei a porta da cozinha aberta!

hehehe...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Munique lá do alto, rodando...

Ontem, último dia da Oktoberfest, eu e o Rolf fomos na Star Flyer.

E ele fez um filme com a máquina super-poderosa dele que, claro, foi socializado comigo tao logo chegamos em casa. Ei-lo...

Ver a cidade e toda a área da festa lá do alto foi muito legal!!!

Dessa vez o nome do blog fez bastante sentido... Marina no ar mesmo!!!

Há dias nao escrevo, mas em breve coloco textos aqui!

bjssssss

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Star Flyer


2 de outubro: aniversário da irmã número 2. Parabéns Selma!

Gente!!!

Essa estrela voadora tá lá na Oktoberfest... eu ainda não fui, mas quero ir... deve ser demais ver a cidade rodando a 55 metros de altura!!!! Ainda mais depois de "umas" Maß... hehehe

Brincadeira à parte, a imagem é muito interessante, e ficou muito linda com o céu azul do domingo.

Vocês precisavam ver o tanto de gente que, como eu, estava fazendo foto dela a cada vez que a estrela subia carregada de seres desejosos de voar... com toda segurança, claro!