terça-feira, 16 de outubro de 2007

Xadrez


Esse é meu novo tabuleiro... continua faltando com quem jogar!!!

Xadrez

Nunca havia cogitado em aprender a jogar xadrez. Nem tinha noção de que cada peça tinha função diferente... na verdade, nunca tinha tido oportunidade nem curiosidade.

Tudo começou na quinta série. Escola nova, colegas novos... entre eles, um menino de óculos com uma armação enorme de um formato que mais parecia olho de mosca, e lentes fotocromáticas que escondiam os olhos azuis dele. Até a quarta série, eu sempre tinha sido a melhor aluna da classe – minhas notas eram habitualmente as mais altas, e até então não havia tido alguém que “emparelhasse” comigo nesse quesito. E enquanto não viessem as provas do primeiro bimestre não teria como saber se havia ali naquela turma “concorrência” pra mim. Na verdade, isso não tinha a menor importância... desde que as minhas notas continuassem boas, não havia problema se alguém mais se destacasse (na verdade a única vantagem disso era ter um pouco mais de simpatia dos professores, porque ser chamada de CDF não tinha a menor graça).

Pois esse menino dos óculos grandes e olhos azuis era o cara. Inteligente e com um humor a toda prova – aliás, às vezes muito ácido, o que com o tempo vim a perceber que era essa uma das suas mais fortes marcas (estudamos juntos até o segundo colegial). Era o tipo do cara que perdia o amigo mas jamais perdia a piada.

No último bimestre da quinta série houve a feira de ciências. A turma se dividiu em grupos e cada um escolheu sobre o que gostaria de expor. E esse colega escolheu como tema o xadrez. O que eu não sabia é que ele era fera no assunto, fazia aulas com o mestre Herman Claudius em São Paulo e já possuía inúmeras medalhas e títulos dos campeonatos que participara.

Ao visitar os estandes da feira de ciências, parei no xadrez. E ali tive a minha primeira aula sobre o jogo. Me interessei tanto que não muito tempo depois já jogava, claro que como aprendiz, ou seja, jogando e ele comentando minhas jogadas (fazia cada besteira... mas estava aprendendo).

No inicio da sexta série, participei do meu primeiro torneio: Campeonato Paulista Escolar, no Clube Esperia, em São Paulo. O interessante é que eu nem sabia que ia participar: meu colega e “mestre” me avisou na sexta-feira que haveria competição no sábado e domingo e que eu JÁ estava inscrita. Fazer o que... lá fomos nós. Até que pra uma estréia fui bem, ficando em quarto lugar. E a soma dos pontos dele (campeão, é claro) com a minha humilde quarta posição (entre sete participantes) rendeu o troféu de primeiro lugar pra nossa escola.

Depois disso participei de outros torneios e fui campeã de Guarulhos duas vezes. Mas infelizmente não tenho com quem jogar... e sem praticar o cérebro fica preguiçoso. Da última vez que tive um parceiro de jogo foi interessante: as primeiras partidas eu perdi feio, só fazendo besteira. Mas depois de uns quatro, cinco jogos, o cérebro engatou e o coitado teve muito trabalho comigo – perdeu muito mais do que ganhou.

Xadrez é uma batalha: não adianta ir à guerra sem uma estratégia. E qualquer movimento errado pode colocar todo o exército em risco ou mesmo provocar mais rapidamente a morte do rei. E rei morto, fim de jogo.

Quem aí souber jogar e estiver a fim, faça contato!


4 comentários:

"Belezas e Encrencas" por um Assessor de Imprensa disse...

Quando garoto sempre quis aprender, mas a concentração era zero!

Agora, depois de ler seu texto confesso que deu uma vontade!!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

Ser sua amiga nessa época,foi demais....afinal ser amiga de CDF é o máximo ainda mais qdo fazia minhas provas de matemática....rsrs
aí sobrava mais tempo pra eu namorar...pena q eu repeti a 6ª e a mamata acabou....qto ao xadrez sei jogar mas não sou pareo pra vc ....sou fraquinha!!!!admiro sua inteligência....sorte sempre!

Anônimo disse...

Por acaso esse menino de oculos atendia pelo sobrenome de Palaiks ? heheheheheheheheh