domingo, 2 de dezembro de 2007

Quem sou eu?


Dias e noites brancas... é muito bonita a noite com neve... fica tão claro como se tivesse lua cheia. E ao amanhecer, a luz do sol (quando ele aparece) torna a paisagem ainda mais incrível. A natureza é muito sábia – as árvores não apenas “escondem” a vida dentro de seu tronco e galhos, como os tem fortes pra agüentar o peso da neve, que não derrete assim tão rápido quando as temperaturas permanecem baixas após a nevasca. Nessa época, o melhor lugar pra gelar a cerveja é o quintal! kkkk



Quem sou eu?

“Conhece-te a ti mesmo, e conhecerás o Universo”
(Sócrates, 470-399 a.C.)


Recentemente tenho feito algumas leituras bastante interessantes... não só do ponto de vista intelectual, mas sobretudo espiritual. Na verdade, as duas coisas se fundem, quando devidamente exercitadas na vida.

E com essas leituras tenho praticado mais assiduamente essa máxima de Sócrates. Claro que não é algo do tipo “eureca, descobri!”, mas sim uma percepção lenta e gradual das coisas que já sou e o que preciso melhorar.

Eu que sempre me julguei 100% tapada emocionalmente, percebi que a inteligência emocional é algo tão amplo e complexo... com essa leitura, notei que em alguns aspectos dela sou bastante avançada, sobretudo em empatia, compreensão do outro, gerenciamento de conflitos (e até mesmo como evitá-los), entre outras coisas. Percebi também que tenho plena consciência dos meus sentimentos, muitas vezes na hora em que eles ocorrem, mas sou fraca em lidar com eles de modo a me transformar emocionalmente para melhor.

O desenvolvimento da inteligência emocional começa na mais tenra infância, e suas marcas são levadas pela vida afora. Portanto, se o exemplo tido em família não tiver sido emocionalmente positivo na maior parte do tempo, ficam na criança marcas de falta de confianca em si mesma e nos outros, entre outras. Isso gera uma série de pequenos entraves na vida (todos de origem emocional) que podem se tornar grandes problemas, se não forem percebidos e combatidos. Mas a parte boa é que, o que talvez não tenha sido assim tão bom PODE ser modificado e reaprendido, e as conseqüências desse reaprendizado refletem diretamente na saúde emocional e, em seguida, na saúde física.

Não estou aqui falando nada que EU tenha descoberto... inteligência emocional é algo que pode ser nato, e se não for, pode ser aprendido. Mas demanda constante vigilância de nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações. O legal é que o ser humano é dotado da capacidade ILIMITADA de aprender, e quando está decididamente interessado em seu próprio bem-estar, é capaz de virar o jogo e cultivar apenas bons pensamentos, que conduzem a boas palavras, que por sua vez levam a boas ações.

Um bom começo é observar muito atentamente cada sentimento que se tem, e trabalhar a consciência para combater aqueles que não forem bons, sobretudo a raiva. Aliás, a raiva foi cientificamente constadada como sendo o mais pernicioso dos sentimentos, que tem uma capacidade imensa de influir na saúde física, levando as pessoas a problemas como hipertensão arterial e outros problemas do coração. Nesse ponto sou feliz, porque há muito tempo não sei o que é sentir raiva – para evitá-la, coloco a empatia em ação. Mas repito, não foi da noite pro dia... foi um processo de vigilância constante, que graças a Deus deu resultado.

Respondendo à pergunta do título, eu sou alguém que quanto mais aprende, mais tem consciência da própria ignorância. E quanto mais aprendo, mais desejo compartilhar o que sei, pois se tem feito bem pra mim, pode ser que venha a fazer bem para as pessoas ao meu redor.

Até a próxima!