quinta-feira, 28 de maio de 2020

Eu costureira?

Na correria do dia a dia, a roupa mais prática e rápida de usar é o jeans: todo dia ele te acompanha na labuta. E é bem comum, hoje em dia, que ele depois de algum tempo (às vezes nem tanto assim) rasgue no meio das pernas. 

Não era diferente comigo, e eu estava cansada de encostar calças ainda boas apenas por rasgarem no meio das pernas: decidi comprar uma máquina de costura pra poder consertá-las, como minha mãe e minha avó faziam (cerzir é o nome desse tipo de conserto).

Consegui comprar uma máquina muito boa num leilão na internet por um ótimo preço, e o vendedor me ofereceu quase tudo que estava no estúdio de costura: tesouras, tecidos, zíperes, giz para marcar tecido, agulhas, alfinetes, retróses e retróses de linha, fitas métricas, uma caixa de costura linda talhada a mão, além de ferramentas que até hoje eu não sei para que servem, mas as guardo todas.

Chegando em casa fui logo testar meu brinquedo novo: consertei duas calças, cortei e fiz bermuda de outra para minha filha, vizinha trouxe calça dos filhos pra consertar, e eu me descobri costureira. Pelo menos pra cerzir.

Pouco tempo depois, uma pessoa para a qual eu trabalhava me perguntou se eu costurava. “Sim”, disse eu toda confiante. “Então corta essa calça aqui pra mim, 12 cm. Quero ela curta para o verão”. Era uma calça de grife, muito bonita, minha mãe teria tido dó de passar a tesoura ali. Mas eu peguei o trabalho pra fazer com a segurança de uma costureira profissional: para cortar com precisão, primeiro passei a calça a ferro, deixando o tecido bem lisinho, o que facilita o corte do tecido. Cortei, dei acabamento, entreguei e recebi meu pagamento. 

Recentemente, com a pandemia e a necessidade de máscaras, me redescobri costureira, daquela que usa o molde de papel para o corte, chuleia, faz acabamento bem feitinho. Primeiro costurei algumas para uso doméstico, mas depois entrei no projeto voluntário de máscaras da minha empresa: estamos costurando máscaras para nós mesmos usarmos no trabalho.

Mulher é de uma versatilidade incrível, né?

E você, que habilidades descobriu que tem nos últimos tempos?

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terça-feira, 14 de abril de 2020

Palavra que constrói

Meu pai sempre dizia que o maior bem que a gente tem na vida é o nosso nome. O nome que construímos em torno da nossa pessoa, que conquista credibilidade e que faz com que as pessoas tenham a gente como uma referência de alguém em quem se pode confiar, com quem se pode contar.

O que constrói isso é ter palavra: falar que vai fazer algo e fazer o que falou. Ser uma pessoa de palavra vai além de juramentos, pois juramentos são feitos com o mundo exterior. A palavra é ancorada diretamente com os seus próprios valores éticos e morais. 

Marquei com um amigo pra sair? Lógico que vou! E no horário combinado! 
Me comprometi a entregar um trabalho na sexta ao meio-dia? Estará pronto!

Ter palavra é algo contribui muito para as relações humanas, pois faz com que as pessoas construam alicerces importantes para suas interações, sejam pessoais ou profissionais. Pessoas de palavra, quando assinam documentos de compromisso, o fazem porque isso faz parte das normas sociais, e não para obrigá-las a cumprir o que está no papel – pois o compromisso maior é com seus valores éticos.

O que você entende como “ter palavra”? Qual o grau de importância da palavra na construção da confiança entre as pessoas? Como você identifica pessoas confiáveis? E como você cuida do seu maior bem, o seu nome?

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domingo, 5 de abril de 2020

Distanciamento social ou apenas físico?

Em tempos de corona vírus somos forçados ao distanciamento físico – não compactuo da expressão „distanciamento social“. Precisamos ficar em casa e evitar toda saída desnecessária. Todo aquele que tiver chance de trabalhar de casa, deve fazê-lo. E quem não tem como evitar sair, precisa cuidar de si e dos outros, mantendo a distância física nos ambientes em que estiver.

Mas vamos falar da expressão „distanciamento social“: já não vivíamos isso antes? Estávamos tão conectados, ilusoriamente juntos, trocando carinhos por meio de emojis em mensagens de aplicativos, mas quanto de sinceridade e presença essas mensagens continham de fato?

Minha experiência de duas semanas de quarentena, saindo de casa apenas pra comprar comida, é de que aquilo que o governo começou chamando de „distanciamento social“ é na verdade apenas um distanciamento físico que, na prática, está promovendo uma grande aproximação social entre as pessoas, possibilitada principalmente pela tecnologia.

Eu mesma reativei o Skype, aprendi que dá pra fazer chamada de vídeo de até quatro pessoas no whatsapp e descobri o zoom, que já conhecia, mas nem tanto. Recebo convites constantes para acompanhar lives no Instagram e no Facebook – o mundo está se encontrando no virtual, porém parece que sem aquela superficialidade que antes reinava. As pessoas querem de fato um carinho, uma palavra, querem ser ouvidas, compartilhar suas dores e angústias, saber que há outros na mesma situação, e essa troca de experiências enriquece e fortalece cada um que participa desses eventos virtuais.

Essa aproximação social é algo inimaginável se olharmos para três meses atrás. Mas é a realidade, e depois dessa crise o mundo não voltará ao que era antes. Todas essas mudanças  que estamos sendo de alguma forma forçados a fazer em nossas vidas, tudo de novo que estamos aprendendo e que estamos reinventando e adaptando, tudo isso será imensamente útil na sociedade pós-corona.

Fiquemos atentos a tudo que estamos vivendo agora. 

E sigam o blog: vamos continuar falando de temas relacionados ao momento e tudo que podemos resgatar nesse fase em que „ter tempo“ deixou de ser impeditivo.

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