O auge do outono já foi... as árvores já estão mais peladas do que com folhas, e as poucas que ainda se seguram nos galhos semi-expostos já não têm as cores firmes. Mas ainda assim vale colocar aqui essa foto linda tirada ao lado da estação daqui de Germering, no início desse outubro dourado.
“Was willst du?” / “O que você quer?”
E a pergunta me persegue...
Ouvi essa pergunta novamente há alguns dias. Refletindo bastante sobre os contextos, cheguei à conclusão de que a objetivo dessa pergunta não é necessariamente saber o que o outro quer, mas sim projetar o que se quer na intenção do outro.
Explicando melhor: eu quero alguma coisa, mas não sei bem o que é. Então eu jogo essa pergunta, na (inconsciente) esperança de que a resposta da outra parte me ajude a saber o que eu quero.
Outra possibilidade é que você já sabe o que quer, mas tem um medo (também inconsciente) de assumir pra si mesmo isso. Então joga essa pergunta pro outro, de forma que se ele não quiser o mesmo que você, não vai doer tanto... afinal, a pergunta funciona como escudo!
Ah, na verdade, é tudo balela... se os dois sentarem-se frente a frente, olho no olho, a coisa se resolve em cinco minutos. Mas pra quem usa uma pergunta desse tipo (feita por conversa no telefone ou via mensagem no celular) pra se proteger... olho no olho pode ser algo muito perturbador!!!
E mais: penso que só se deve fazer essa pergunta a alguém DEPOIS que ela estiver devidamente respondida pra si mesmo.
Olha o divã aí, gente! A psicóloga aqui em mim vai entrar em ação!!!
hehehehe...