domingo, 27 de julho de 2008

Construir pontes


A foto de hoje é do local onde Barak Obama fez seu discurso em Berlim: o Obelisco da Vitória. Não, ainda não da vitória dele. O
Siegessäule (Sieg = vitória, Säule = coluna/pilar, e pronuncia-se "zigues-zóile") foi concluído em 1873 para comemorar as vitórias militares da Prússia sobre a Áustria, Dinamarca e França, entre 1864 e 1871.
O monumento tem 66,89 metros, e no seu topo fica uma estátua de bronze de 5 metros de Vitória, deusa da vitória militar. Uma escadaria de 285 degraus leva ao topo da coluna, onde há uma plataforma de observação a 45 metros acima do nível térreo (informações da Wikipédia). Depois do Brandenburger Tor, é um dos pontos turísticos mais conhecidos de Berlim. Pudera, dessa plataforma de observação tem-se uma vista muito legal da cidade (veja nesse link várias fotos do local: http://pt.wikipedia.org/wiki/Siegess%C3%A4ule. Ah, a foto aí ao lado também foi retirada da Wikipédia. Eu ainda não visitei Berlim.

Construir pontes

“É tempo de construir pontes”, bradou em Berlin o candidato à presidência da República dos Estados Unidos, o senador Barak Obama. Um discurso bem ao estilo “falar o que o mundo quer ouvir”, para uma platéia de mais de cem mil pessoas (outras fontes mencionam mais de 200 mil), que o aplaudiram calorosamente.

Não estou aqui para julgar se o cara é bom ou não, mas sou partidária da esperança. Só que vou mais além: esse discurso de construir pontes, para dar certo de verdade, precisa ser desvinculado dos interesses materiais. Essa é a parte utópica, eu sei...

Quando adolescente, colecionava textos e poesias num caderno. Tudo o que encontrava de legal, copiava lá. E uma vez copiei um texto chamado “Quero ser ponte”. Falava da importância de ser um elo na corrente da vida, de servir de ligação entre pessoas e sentimentos. Trocando em miúdos, seria viver sem rótulos de raça, credo ou nacionalidade, viver aberto ao próximo em sua mais sublime forma: a de ser humano, que compartilha iguais necessidades de abrigo, alimento, afeto e sonho.

Por mais partidária da esperança que eu seja, tenho os pés no chão: o discurso do provável futuro ocupante da Casa Branca está muito, muito longe de estar livre de interesses mundanos, capitalistas. Pode ser que a humanidade melhore, porém será muito mais pela sensibilização e mobilização de alguns poucos do que pela escolha de um ou outro novo comandante em países mundo afora.

Para verdadeiramente servir ao propósito de unir, a construção de pontes deve começar no coração de cada um. E por mais insensibilidade que o capital imponha ao homem, eu acredito que a essência humana é boa e tende sempre a esperar por dias melhores. Só que não pode esperar sentada: tem que se mover nessa direção, ou corre o risco de ser levada pelo fluxo. Nesse caso, não tem como assegurar que o destino será o que se desejou.

Barak Obama protagonizou em Berlin uma cena inédita na política internacional: um candidato a presidência de outro país mobilizar tantos cidadãos para um discurso de campanha em solo estrangeiro – e olha que não foram mexicanos ou outros hispânicos! É, de alguma forma pontes já começaram a ser construídas no coração de muitas pessoas, sobretudo as que foram ao Tiergarten em Berlim e esperaram horas pelo discurso do homem que, só por ser quem é, já está fazendo história.

Em tempo: ele falou em “construir pontes” para uma platéia européia. Será que vai fazer um discurso igual a esse na Cidade do México, por exemplo???

Em tempo 2: ainda tenho o tal “caderno de poesias”, encaixotado entre meus livros lá no Brasil.

domingo, 20 de julho de 2008

Uma analogia interessante


Quando estive aqui em 2005, fui a um “orkontro”, onde conheci diversas pessoas, entre elas o Stefan, um engenheiro que trabalha na BMW. No segundo “orkontro” ele estava lá de novo, e na hora de ir embora fez questão de me levar pra casa, embora a direção fosse diametralmente oposta à dele. É que ele estava passando uns dias com um carro da empresa a fim de fazer testes e, ao final do período, um relatório. Antes de partir, ele colocou o meu endereço no sistema de navegação. No caminho, foi apertando botão lá e cá, mostrando confortos que eu nem imaginava que poderiam existir e pedindo minha opinião a respeito. Dias depois escrevi pra ele e perguntei se o relatório tinha ficado bom. Eis que ele me respondeu: “Marina, sobre nossos carros só é possível fazer ÓTIMOS relatórios”. É, BMW é outra história... e o carro dá pra ilustrar, colocando a foto de um modelo aqui. O X5, por exemplo. A foto não está lá muito boa... mas o carro é tão tchan, que ainda assim consegue se mostrar imponente.


Uma analogia interessante

Já escrevi alguns textos aqui sobre relacionamentos, sobre algumas experiências e acima de tudo, sobre minha maneira de pensar e viver essas coisas. E justamente por isso que tenho sido considerada utópica, com diversas pessoas me dizendo “o que você busca não existe”. No texto "Utopia concretizada cria jurisprudência?" (
http://marinanoar.blogspot.com/2008/04/utopia-concretizada-cria-jurisprudncia.html) fui bem clara nessa minha posição.

Pois bem, sempre insisti e continuarei insistindo que, se uma coisa já aconteceu, pode sim se repetir, não 100% idêntica em formas e cheiros, mas em essência é possível chegar bem perto disso. Eu vivi uma relação porreta de legal e depois dela, nada do que apareceu na minha vida me serviu – me tornei exigente demais, diriam alguns. Mas eu é que não iria me contentar com algo inferior ao que já tinha tido.

A melhor analogia que eu pude encontrar para explicar minha postura nesse caso foi dizer que, em termos de relacionamentos, eu já dirigi um BMW, portanto, depois disso não dá pra acostumar com um “carro qualquer”.

Reconheço que ter mais que um “relacionamento-BMW” na vida pode não ser uma coisa assim fácil de se conquistar, mas sei dos meus predicados e sei o que quero. Indo um pouco além na analogia, pode-se dizer que se a Bayerischer Motor Werk (ao pé da letra, Fábrica de Motores da Baviera), situada aqui em Munique, oferece diversos modelos (compactos, esportivos, familiares, conversíveis, minivan etc.), o mesmo deve ser com os “relacionamentos-BMW”: a vida pode oferecer outros. Claro que não tem como ser exatamente igual, afinal eu mesma não sou igual ao que era ontem, mas tem que ter os mesmos padrões de qualidade.

Insanidade minha? Ah... acho que não. E já estou de olho no próximo modelo...

Em tempo: a BMW até poderia me pagar por essa propaganda gratuita!!!


sábado, 19 de julho de 2008

Über das Süß-sein / Sobre ser doce


Uma das coisas mais engraçadas do aniversário de uma amiga foi ver alguns convidados jogando pingue-pongue. Acho que eles inventaram algumas regras novas, tipo a bolinha ter que passar entre as garrafas junto à rede, e a cada raquetada, tinham que tomar um gole de cerveja. Pode ter certeza que não houve vencedor nesse jogo... kkkk... E outra: quase houve banho de ovo. Alguém pegou os ovos na geladeira e saiu distribuindo um pra cada, meio que escondido, pra que pudéssemos pegar a aniversariante de surpresa. Ele só não sabia que os ovos já estavam cozidos... que gafe! E a festa terminou em volta de uma fogueira, com violão e cantoria. Muito legal! Ah, tem tradução do texto de hoje lá embaixo.


Über das Süß-sein
Noch eine kurze Geschichte... Auch dieser Dialog stammt ursprünglich aus dem Englischen.

Sie lebte am Meer... es war super schön, aber die Insekten waren für sie immer ein Problem, weil wenn sie gestochen wurde (und es passierte sehr oft), hatte sie eine Allergie, und es juckte sie sehr.

Sie schlug ein Insekt auf ihrem Bein und sagte:
- It's unbelievable how these insects love me... I may be sweet!
Er schaute sie mit einem listigen Blick an und antwortete:
- Yes, you are. I know that.

Und ein Teil eines Liedes, um diese Geschichte zu ilustrieren:

“Komm und küss mich, mein süßer Vampir...”
http://www.youtube.com/watch?v=3mymIrWrWPI
(Rita Lee)

Sobre ser doce

Morava junto ao mar... muito legal, mas os insetos eram um problema, porque sempre que ela era picada por um (e isso acontecia muito freqüentemente), tinha alergia local e coçava muito.

Ela matou um mosquito que estava sobre sua perna e exclamou:
- É inacreditável como esses insetos me amam... eu devo ser doce!
Ele a fitou com malícia no olhar e replicou:
- Sim, você é. Eu sei disso.

E um trecho de uma canção, pra ilustrar essa historinha:

“Venha me beijar, meu doce vampiro...”
http://www.youtube.com/watch?v=3mymIrWrWPI
(Rita Lee)



quarta-feira, 16 de julho de 2008

A cama nova


Gostei desse negócio de histórias curtinhas com “trilha sonora”... aí vai mais uma. E pra “descer redondo”, uma Weißbier a fim de deixar meus leitores com sede... com a tábua de asinhas e costelinhas ao fundo... ai, desculpe, é jogo baixo, eu sei... kkkkk


A cama nova

Depois de engolir muito “sapo cururu“ com as companheiras de república, ela colocou todas pra correr e estava morando sozinha – com o aluguel em fim de contrato, dava pra encarar. Só que não tinha uma cama decente... a dela era de rodinhas, daquelas que ia embaixo do beliche pra formar treliche. Então decidiu comprar uma.

Entregaram rapidinho, e o namorado estava em casa quando a cama chegou. Ela estava ansiosa pra vê-la montada, e foi logo na casa do zelador pedir ferramentas emprestadas.

Quando voltou, o namorado, que estava assistindo TV, falou pra deixar que ele montaria depois, ignorando completamente a ansiedade dela. Por sua vez, ela ignorou o que ele disse e passou direto pro quarto. Menos de 15 minutos depois, foi saindo com as ferramentas para devolver ao zelador.

Ele: onde você vai?
Ela: vou devolver as ferramentas.
Ele: mas e a cama?
Ela: já montei. Pra essas coisas não preciso de homem na minha casa.

E a música:
“As coisas não precisam de você
quem disse que eu tinha que precisar...”

http://www.youtube.com/watch?v=EZmes76uNqA
(Virgem, Marina Lima)




terça-feira, 15 de julho de 2008

Conflitos e convicções


No último sábado, 12 de julho, houve um jogo beneficente na Arena de Munique. Foi anunciado como sendo um jogo com as maiores estrelas do futebol atual, embora os mais esperados (Ronaldinho, Cristiano Ronaldo e Kaká) não tenham dado o ar da graça. Mas um que nada tem a ver com futebol compareceu, “jogou” pra caramba e até marcou um gol: Michael Schumacher (na verdade, o cara corria feito barata-tonta, meio que pra marcar presença no campo – foi engraçado ver como ele corre sem as quatro rodas!). O evento foi parte das comemorações dos 90 anos de Nelson Mandela, e a renda foi revertida para sua fundação, cujo objetivo é dar um futuro melhor às crianças da África. A pelada teve gol pra caramba, claro que tudo devidamente ensaiado. Na foto percebe-se que o estádio poderia comportar muito mais gente... meu ingresso foi na faixa, claro. Aí vale a máxima "não precisa ser o rei, basta ser o melhor amigo do rei"... hehehe


Conflitos e convicções

Um dia desses recebi por email um filme de gestão empresarial sobre conflitos. Interessante ver que, na opinião do Prof. Alexandre Freire, da FGV, não há ninguém errado em um conflito, que é na verdade um choque de valores, e cada um dos envolvidos está ali defendendo o seu ponto de vista.

Desde a minha entrada no mundo corporativo, aprendi muito sobre trabalho em equipe, feedback, saber ouvir... aprendi que a melhor forma de manter o emprego era colocá-lo em risco diariamente, sob a forma de assumir riscos que pudessem trazer bons resultados para a empresa e, além disso, nunca fui acomodada, sempre busquei contribuir com a minha opinião. Com o tempo, fui aprendendo a fazê-lo de forma mais suave, mais compartilhativa, para que não soasse como imposição ou arrogância.

Só que o mundo corporativo está cheio de pessoas, e essas são carregadas dos mais diversos tipos de sentimentos. E nesse meio, os mais comuns são a inveja, a ambição e o comodismo. O comodismo gera uma falsa sensação de que “está tudo bem”. Conheci gente assim, e que sobreviveu anos a fio na mesma posição, fazendo “sempre tudo igual”, porque o importante era manter o emprego. Engolia sapos de todos os tamanhos, puxava saco de todo e qualquer colega de trabalho que tivesse um cargo acima do seu, algumas vezes apertava o botão do “foda-se”, e ainda assim ia adiante. Gente assim é meio sem valores, eu acho, porque literalmente “dança conforme a música”.

Já a inveja e a ambição são altamente perniciosas, sobretudo porque invariavelmente andam juntas. E uma pessoa movida por essa dupla é capaz de qualquer coisa pra conseguir o que quer. Qualquer coisa inclui até mesmo puxar o tapete de alguém a ponto de deixar um pai de família desempregado. Falo com conhecimento de causa: sou “pãe-de-família” e já passei por isso.

De tudo que aprendi, o que sempre cultivei com muita força foi o saber ouvir e o feedback, dois valiosíssimos meios de crescimento pessoal, quando bem conduzidos. Praticar feedback é muitas vezes complicado, porque exige que as partes envolvidas tenham uma abertura para ouvir coisas que às vezes não agradam, pois é por meio dessas observações que a gente tem como se auto-avaliar, mudar posturas e melhorar como profissional e ser humano.

O problema é que muita gente pode estar mentindo quando diz que está aberta a ouvir uma crítica ou que vai sempre dar um toque a você quando perceber algo que não foi legal, que pode ser melhorado. Você se abre pra essa pessoa, acreditando que ela vai lhe ajudar assim como você está disposto a ajudá-la, mas a recíproca não é verdadeira, e ela se aproveita das informações que você lhe dá para usá-las de alguma forma contra você mesmo. Falo também com conhecimento de causa.

Apesar desses acontecimentos, eu continuo acreditando que as pessoas são confiáveis, que a melhor forma de crescimento é o diálogo aberto e franco e que o melhor caminho para crescer profissionalmente é arriscar-se e ousar sempre. E depois de assistir a esse filme, vi que me encaixo nos dois exemplos citados: o diretor e o capitão do navio. Ambos prefiriram não abrir mão de seus valores pessoais, ainda que esses fossem contra valores corporativos (coisa muitas vezes extremamente subjetiva) e que tenham lhes custado o emprego.

Portanto, diante da mediocridade da pessoas no mundo corporativo, a lição que fica é: nunca traia suas convicções. Trabalho nunca vai faltar pra pessoas de alto valor com sólidos valores pessoais.

Para quem se interessar, segue o filme.


sábado, 5 de julho de 2008

“Sejam realistas, exijam o impossível”


O que inspirou o texto de hoje foi essa frase, que li no orkut de uma amiga... e acabei encontrando uma conexão interessante entre essa frase e minhas andanças vida afora. Pra ilustrar, um dos cartões-postais mais visitados de Munique, a Frauenkirche (ao pé da letra, Igreja da Mulher). Em dias claros, suas duas imponentes torres de quase cem metros de altura com abóbadas esverdeadas podem ser vistas de praticamente qualquer ponto da cidade. Ela foi severamente bombardeada na Segunda Guerra, mas quem a vê atualmente não imagina que ali havia praticamente escombros em 1945. Lá dentro há uma exposição permanente das fotos do pós-guerra, nas quais só se reconhece a construção pelo esqueleto – é impressionante ver o estado em que ela ficou. Pra mim ela é um cartão-postal que já faz parte da paisagem. Mas que continua imponente, ah, continua...


“Sejam realistas, exijam o impossível”
(Soyez réalistes, demandez l'impossible)

Li essa frase no perfil do orkut de uma amiga (não sei o autor) e adorei, por um simples motivo: na ótica da maioria dos meus amigos e amigas, eu sou uma utopia ambulante, que vive querendo “o que não existe”. Pois bem, é por querer “o que não existe” que eu me coloco a trilhar caminhos novos, diferentes, e muitas vezes acabo conseguindo aquilo que todos diziam ser impossível.

Uma amiga fez um comentário aqui no meu blog, nos textos sobre a boneca dos meus sonhos (a Anda Nenê) que no fundo, a minha admiração era justamente por ela andar... algo que eu ainda faria muito na vida – e de fato, é só o que tenho feito. Achei muito procedente o comentário... ainda não tinha pensado dessa forma.

Mas esse instinto “andarilho” tá no sangue. Meu pai nasceu no interior de Minas Gerais, na década de 40 do século passado, onde mal havia rádio e as notícias demoravam horrores pra chegar. São Paulo era algo tão distante não apenas geograficamente, pois a distância era relativamente muito maior que hoje em dia, em função da precariedade do transporte existente, como também psicologicamente: para muitos ali, São Paulo era algo “impossível” de se alcançar. Sabia-se apenas que era uma cidade grande e cheia de oportunidades, mas poucos ali daquela região haviam ousado desbravá-la.

Meu pai foi um deles: deixou aquele interior pra trás, aos 17 anos, encarou três dias de uma “sacolejante” viagem de trem, passando pelo Rio de Janeiro, até chegar no seu destino. Como ele sempre contou, no dia seguinte à sua chegada, já estava trabalhando: não tinha tempo ruim pra ele. Trabalhou muito, constituiu família, deu aos filhos condições melhores de trilharem seus próprios caminhos... em diversas ocasiões foi muito cabeça dura sim, mas no frigir dos ovos, há muito mais o que reverenciar do que o que criticar. É, esse homem foi realista, sempre exigiu dele mesmo e da vida apenas o impossível.

Ser sagitariana como ele certamente deu algum impulso a esse espírito desbravador, essa mania de querer sempre mais, de estar em constante busca pelo novo. Não que eu seja uma eterna insatisfeita – muito pelo contrário, agradeço a Deus por tudo que sou e tenho, e faço isso a qualquer momento do dia, o tempo todo. Mas estou sempre de olho lá na frente, em o que há por descobrir, por conquistar.

Isso posto, vejo que pretendo continuar sendo realista, ou seja, exigindo de mim e do mundo que me cerca nada além do impossível, afinal, ele só existe na cabeça das pessoas de pouca visão. Só que para exigir o impossível, é preciso estar disposto a andar. Porque a vida é movimento, e só avança verdadeiramente quem tem os olhos cravados no horizonte e segue em direção a ele, porém bem atento a onde pisa, para garantir que vai alcançá-lo sem problemas no percurso.

Beijosssss

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Der erste Kuschelabend / O primeiro aconchego


Hoje vou postar em alemão e inglês uma história bem curtinha (com tradução no final). Tenho estado meio preguiçosa pra escrever, embora as idéias não parem de fervilhar na cabeça, só que sempre quando estou longe do computador... quero escrever... só preciso me concentrar para isso quando estou diante dele! Tempo nunca falta, é só planejá-lo adequadamente, o que eu não tenho feito... pronto, assumi minha atual desorganização pessoal! Pra ilustrar, uma foto de um pôr-do-sol amazônico, tirada na cidade de Terra Santa, Estado do Pará, na divisa com o Estado do Amazonas.

Der erste Kuschelabend
Das ist eine Geschichte von einem ersten Kuschelabend. Der Dialog stammt ursprünglich aus dem Englischen:

Nach einem normalen Montag haben die zwei sich zum ersten Kuschelabend getroffen, in ihrer Wohnung. Die beide waren echt müde, und mussten am folgenden Tag wieder arbeiten. Aber er lag auf ihrem Schoss als ob es nichts mehr wichtiges im Leben gäbe... wie ein kleiner Junge verloren im Urwald, der endlich eine Zuflucht gefunden hatte.

Sie: it's late, I have to work tomorrow, and so do you. I need to go to sleep.
Er: but I don't wanna go away...

Um diese Geschichte zu ilustrieren, ein Teil eines Liedes:
“and
when you find yourself lying helpless in her arms
you know you really love a woman”

http://www.youtube.com/watch?v=3pJoMeEg8cM
(Bryan Adams)

traduzindo...

O primeiro aconchego

Depois de uma segunda-feira normal de trabalho, os dois se encontraram no apartamento dela, e ficaram por um longo tempo juntos, abraçados, no que foi o primeiro momento de aconchego deles. Ambos estavam cansados, e tinham que trabalhar normalmente no dia seguinte. Mas ele havia se aninhado nos braços dela como se nada mais na vida tivesse importância, como um pequeno menino perdido na floresta, que finalmente encontrara um abrigo.

Ela: é tarde, eu tenho que trabalhar amanhã, e você também. Preciso ir dormir.
Ele: mas eu não quero ir embora...

E o trecho de uma canção, para ilustrar essa história:
e quando você se vir repousando indefeso nos braços dela
você saberá que realmente ama uma mulher”

http://www.youtube.com/watch?v=3pJoMeEg8cM
(Bryan Adams)