segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Meu primeiro namorado


Depois de viver em alguns rincões brasileiros, como Norte e Nordeste, parti pra explorar o Velho Mundo. Primeira parada: República Federal da Alemanha. É sábia a frase que diz “o mundo é muito grande e a vida é muito curta para que se fique muito tempo parado em um único lugar”. Só uma coisa deve permanecer com a gente o tempo todo, onde quer que se vá: o amor. O resto a gente conquista.

Meu primeiro namorado

Nos mudamos para Penha, Zona Leste de são Paulo, quando eu tinha 5 anos. Vizinhança, escola e amigos... tudo era novidade. Minhas irmãs já estavam na escola, eu ainda ia ao pré-primário.

As escolas (pré e primeiro grau, onde minhas irmãs estudavam) ficavam lado a lado, porém um pouco distante da nossa casa. Na vizinhança, as crianças estudavam praticamente no mesmo local, porém em horários diferentes. Então, as mães se organizaram de forma que apenas uma precisasse ir levar ou buscar a trupe na escola em cada horário.

O que interessa é que a gente sempre ia junto: eu, o Fábio e mais um monte de crianças. Ele tinha uma irmã e dois irmãos, e era um ano mais velho que eu. E dizia pra todos que eu era namorada dele... eu morria de vergonha!

Nossas mães sabiam disso, e a mãe dele fazia o maior gosto nesse namorico. Era uma coisa super inocente, mas altamente emocionante! Ele pegava na minha mão, a beijava, olhava nos meus olhos e dizia que gostava de mim... olha que coisa mais abusada para crianças de 5 e 6 anos!!!

A coisa era séria, pelo menos pro meu inocente coraçãozinho, tanto que no ano seguinte ele foi pra primeira série e eu ainda fiquei no pré, e chorava sozinha pelos cantos no pátio porque ele não estava mais lá pra brincar comigo. Mas eu pensava que quando fosse pra primeira série, estaríamos na mesma escola de novo. Engano meu. No início do ano seguinte minha família se mudou pra Guarulhos. E aí perdemos o contato. Ou melhor, perdemos o encanto, pois nossas mães mantinham contato.

Alguns anos depois nos encontramos novamente, eu já na faculdade. A mãe dele ainda fazia gosto daquele namorico de criança... mas a vida tinha dado tantas voltas e meu caminho já se apresentava à minha frente: o mundo por explorar.

Depois que Dona Marinalva virou estrela nunca mais tive notícias. Mas sempre lembro dele e dos irmãos com carinho. Espero sinceramente que estejam bem e felizes.

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