quarta-feira, 23 de abril de 2008

Vôlei


Mexendo nas poucas fotos que tenho aqui comigo, encontrei algumas interessantes... já digitalizei várias. E hoje vai aqui uma de... vôlei! É, o vôlei me rendeu muitas histórias na vida. Essa foto é de 2000, ao final de um torneio-relâmpago entre Trombetas e Oriximiná. E espero que ainda renda muitas outras... quero virar “vovó” na quadra. Que fique claro que não sou nenhuma super jogadora, mas quando entro na quadra não é pra brincar, e sim jogar direito, mesmo que só por lazer. Não gosto de jogar onde o povo nem sabe dar manchete. Pena que aqui na Alemanha não tenho onde praticar... na verdade, não procurei direito ainda, porque certamente tem!

Vôlei

Eu estava na quinta série, e a educação física era fora do horário da aula. Morávamos bem longe da escola, e eu tinha que me levantar às 5h30 da madrugada, pegar dois ônibus lotados e ainda andar alguns quarteirões pra chegar lá às 7 horas – e eu não perdia uma! Só que terminava às 8h30, logo tinha tempo de sobra pra ir pra casa, tomar banho, almoçar e voltar antes da uma da tarde, horário de início das aulas.

Minhas irmãs também tinham que ir, mas em dias e horários diferentes. E o horário da educação física delas era mais tarde, então justificava que elas viessem pra escola e ficassem direto, almoçando por ali mesmo. Elas começaram a jogar vôlei, e logo foram chamadas pro time da escola. Ah... eu também queria! Mas como eu tinha que voltar pra casa, praticamente não tinha chance de treinar e jogar, de “aparecer” para os professores.

Eventualmente havia trabalho em grupo pra fazer, e combinávamos de encontrar na escola, mais cedo. Nesses casos, eu ficava direto: tomava um banho de gato no vestiário e comia na cantina. Foi aí que eu percebi qual era o caminho pra poder ficar mais vezes, e me “misturar” no treino dos times mirim e infantil: “mãe, tem trabalho em grupo pra fazer”... hehehe... É, nem sempre era um trabalho acadêmico de fato, mas que era sempre trabalho em grupo, isso era!

No ano seguinte, nos mudamos para mais perto da escola – ou seja, menos justificativa ainda para ficar direto, e o argumento de “tem trabalho de grupo” já não colava tanto como antes. Terminada minha aula de educação física eu ficava por ali, treinando os fundamentos sozinha no paredão. De tanto me meter a besta de ficar completando time no treino, fui chamada pra seleção mirim da escola. Depois disso eu passei a ter um motivo oficial pra ficar direto: não precisei mais inventar trabalho pra fazer.

Da sexta até a oitava série eu fiz parte do time do Brotero. Me dediquei muito ao vôlei... foi a época da “geração de prata”, quando o esporte ganhou notoriedade no Brasil graças à medalha de prata conquistada pela seleção masculina nas Olimpíadas de Los Angeles. Durante esses três anos participamos de muitos campeonatos, sobretudo as Olimpíadas Colegiais Guarulhenses. Mas nunca chegamos muito longe. Nosso maior rival era o Conselheiro Crispiniano, era quem normalmente nos tirava no mata-mata, em quartas-de-final ou semi.

Mas houve um campeonato em que as derrotamos... era a semi-final dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP), mas eu acho que só tinha escola de Guarulhos no torneio. Foi uma delícia ganhar delas... sentimento melhor só o meu Timão ganhando do porco de virada e goleada. Porém perdemos na final, ficando com a prata. Da fase escolar, essa é a minha única medalha do esporte que mais me dediquei.

É, jogue a primeira pedra quem nunca contou uma mentirinha qualquer pra própria mãe... sobretudo com propósitos nobres como eu!

Um comentário:

Ana Beatriz Frusca disse...

ela além de viajada, ainda joga volei!
Essa mulher é demais!

bjuxxx.
:P