Já contei na postagem do dia 13 de abril que fui pra Suíça, e que fomos passear numa montanha, cheia de neve e nevando (ai que frio!). Achei que só eu ia dar uma de doida, de querer fazer guerra de bola de neve, afundar o pé até a neve chegar no joelho... mas o que vi foi um bando de crianças até mais velhas do que eu tomando a iniciativa nas brincadeiras. E nessa farra de andar na neve fofa, sobrou pra mim: me desequilibrei e caí bonito! Porém, antes de me levantar, peguei minha câmera no bolso e a dei pra minha amiga – tinha que registrar aquela cena. Ser criança é bom demais... melhor ainda é guardar por toda a vida uma criança dentro da gente.
Utopia concretizada cria jurisprudência?
Essa pergunta surgiu na minha cabeça depois de ouvir uma amiga falar (na verdade, repetir) de forma taxativa sobre o que eu espero de um homem: “isso não existe”. Aí eu retruco com ela: “claro que existe, já aconteceu comigo”. Ela insiste em me dizer que eu preciso rever minha forma de idealizar um relacionamento, porque no seu modo de entender as coisas, o que eu busco não encontra respaldo na vida cotidiana.
Eu odeio cigarro e seus rastros; não sou a mais ordeira, mas não gosto de ver coisas espalhadas pela casa; não gosto de limpar chão, mas detesto pia suja – e lavo a louça na boa... ou seja, tenho algumas manias. Mas há coisas nas quais eu sei que posso me flexibilizar, mesmo não gostando, se o cidadão em questão assim merecer. Porém existe uma coisa da qual eu não abro mão, absolutamente: comunicação.
O cara não conversa, não fala de si, não se mostra... não dá. A comunicação não é apenas verbal, pode ser também em expressões corporais, atitudes, afinal, a não-verbal é muitas vezes mais poderosa e mais freqüente do que a verbal. É conversando, trocando impressões, que as pessoas se mostram e permitem que o outro as conheça em sua intimidade, em sua essência. E sem conhecer o outro, pra mim não rola. O problema é que hoje em dia as pessoas não têm tempo para dedicar a conhecer umas às outras. De novo esse assunto*.
Se utopia concretizada cria jurisprudência eu não sei. Mas continuarei acreditando que tudo pode acontecer, ainda mais quando o objetivo final for o amor e a harmonia entre dois seres.
Auf Wiedersehen!
* Veja aqui um texto já postado no qual falo sobre esse mal horroroso dos tempos atuais, a falta de tempo:
Time is money – a aceleração da vida
http://marinanoar.blogspot.com/2007/08/no-meu-texto-de-abertura-eu-comentei.html
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