
Gente, tô achando que tá faltando “emoção” nisso aqui... pelo menos aquela emoção que faz a gente se sentir de alma lavada... emoção de dizer umas verdades a quem as mereça ouvir (ou ler)... Vou ver o que posso fazer... hehehe...
A foto de hoje é do encontro das águas, não o mais famoso, mas nem por isso menos lindo. O mais famoso é em Manaus, o encontro do Rio Solimões (de águas barrentas) e o Negro (águas escuras). Esse é em Santarém, Pará, e as águas que se encontram são as do Rio Amazonas (barrentas) com as do Rio Tapajós (esverdeadas). Interessante... não existe uma “área de mancha”, ou seja, elas não se misturam, embora a água barrenta do Amazonas vá “engolindo” a água esverdeada aos poucos. Mas por um bom trecho elas fluem simplesmente lado a lado. Coisas da natureza...
A vida é um livro
Certa vez, um mocinho viajou pro exterior a trabalho. Ele foi mandado para uma região distante e remota dentro de um país grande e também distante. Filho caçula, a mãe dele deve ter ficado de joelhos dia e noite pedindo aos santos que protegessem seu rebento naquela selva, literalmente: dos animais, dos mosquitos, do calor...
“Lugar exótico, gente esquisita, idioma incompreensível”, provavelmente foi o que pensou logo ao chegar. Mas ele arranhava um inglês, o que era suficiente pra trabalhar (e sobreviver) ali. Desembarcou e foi logo levado para onde seria sua moradia nos próximos três meses: um apartamento de 20 m2, já com ar-condicionado (naquele lugar, item vital para a sobrevivência de qualquer um, sobretudo de gringos), bem próximo ao refeitório onde todos que ali habitavam faziam suas três refeições diárias, sete dias por semana.
Uma das vizinhas viu que o rapaz andava sempre sozinho e, a fim de integrá-lo mais ao local, passou a conversar com ele. Papo vai, papo vem... rola um clima, mas a vizinha era meio tapada, nunca tinha tomado a iniciativa. Só que a coisa estava demorando tanto, que um dia ela criou coragem, cercou e o beijou. O cara tremeu feito vara verde... Medo? Ansiedade? Surpresa? Tudo isso junto e outras coisas mais? Na verdade, ele tinha medo de se apaixonar, porque logo teria que voltar para a sua casa e, no seu entender, “perderia” um amor. Que romântico... hehehe... Mas a ela não via as coisas dessa forma. Porém não foi assim tão fácil vender o peixe pro camarada.
A vizinha, tendo já alguma história de vida, começou explicando ao inexperiente e assustado rapaz como ela acreditava que a vida deveria ser – até porque a própria havia deixado de aproveitar muitas oportunidades na vida por causa desse mesmo medo que ele naquele momento sentia. Então começou: “Quando a gente nasce, é como se recebesse um livro, porém com páginas em branco. Cada dia da nossa vida é uma página em branco onde podemos escrever as histórias que vivemos. Ao final de cada dia a página é virada, independentemente se algo foi escrito ou não. E não há como escrever numa página que já foi virada – ela só pode ser lida. Mas o que é que você vai ler se essas páginas estiverem em branco, se você não tiver escrito nada nela? Você quer que sua vida seja um livro cheio de páginas em branco? Ou você prefere viver um dia de cada vez, escrevendo nas páginas do seu livro histórias que poderá reler futuramente?”
O mocinho ouviu atenta e silenciosamente, e percebeu que as palavras faziam sentido: viver um dia de cada vez, escrever um pouco de história a cada dia. E o medo foi se dissipando, dando lugar a uma sede de viver que se transformou numa bela história, ainda que ele tenha retornado ao seu país e ela, que naquela altura dos fatos já era muito mais do que apenas vizinha, tenha permanecido no país grande e distante. É, a mãe do mocinho deve ter rezado muito, mas acho que ela não deve ter incluído na lista de pedidos aos santos que o protegessem do bicho mulher. Por sorte, ele foi bem assistido nesse quesito.
Eu conheci muito de perto essa história – começo, meio e fim. Se me permitirem, contarei aqui futuramente algumas passagens que eles “escreveram” juntos. Histórias bonitas e divertidas, que pertencem a páginas devidamente viradas da vida de ambos.
Pois é, a vida é um livro... o seu tá cheio de histórias ou tem mais páginas em branco? É tão bom ter o que contar, o que lembrar, claro, desde essas lembranças nos tragam alegria, e não uma triste saudade de algo que não volta mais.
até!!!
Um comentário:
Ah.... essas maes!... esses mocinhos!!... essas vizinhas!!!... kkkkkkkkkk
Acho que eu já ouvi uma história parecida... kkkkk
Bom, continuemos escrevendo nossos livros e a Marina seu Blog!
Beijos,
Alê.
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